Conheça o enredo do GRESV Independentes para o Carnaval 2018
mar11

Conheça o enredo do GRESV Independentes para o Carnaval 2018

INDEPENDENTES NAMINSKY – OBI ALAGBARA, OBI OMARAN “Naminsky, Obí Alagbara, Obí Omaran O resgate da memória: é preciso lembrar! O ano era 1917. O endereço: rua Visconde de Itaúna 117, Praça Onze. Região que na época era conhecida como Pequena África. Era uma daquelas festas que varavam noites. A anfitriã se chamava Hilária Batista de Almeida. As festas celebravam os orixás, mas também temas e ritmos do mundo. Hárelatos de que Hilária, Tia Ciata para os íntimos, adorava uma roda de partido alto e que se destacava na dança do miudinho, uma forma de sambar de pés juntos. Freqüentavam sua casa grandes gênios da Pequena África: Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Sinhô, Mario de Almeida e outros de igual talento. Mas sim…As mulheres tinham grande destaque nessas festanças. Elas eram chamadas de tias. E estavam por lá Tia Amélia(mãe de Donga), Tia Veridiana( mãe de Chico da baiana), Tia Prisciliana (mãe de João da Baiana)… E as tias,donas dos lugares de memória, dos lugares de afeto, começaram a contar histórias de suas ancestrais. Histórias de mulheres negras que resistiram às chagas da escravidão e que construíram zonas de fuga para a liberdade. E ao contarem e cantarem suas vidas de luta trouxeram a tona biografias escondidas pela história do homem branco! E lembraram nomes como: Aqualtune, Dandara dos Palmares, Eva Maria do Bonsucesso, Luisa Mahin, Na Angotime, Tereza de Benguela… Foi uma epifania onírica… Histórias sendo relembradas nas rodas de conversas e samba. E diz a historiografia que foi lá naquele ano de 1917 que surgiu o primeiro samba… Mas sabemos, aqui para nós, que ali foram bordadas narrativas infinitas da liberdade… Nas festas eram formados círculos e as tias contavam para as crianças as histórias das heroínas de pele negra. Tia Ciata com sua voz firme e de tom professoral lembrava das grandes guerreiras do passado: – Agora quero contar a história das grandiosas Dandara dos Palmares e Aqualtune. Foram duas bravas negras quilombolas que viveram na mesma época no quilombo dos Palmares! Dandara foi casada com Zumbi dos Palmares, lutava capoeira e jamais renunciou a liberdade. Esteve a frente de um exército de 10 mil homens. Preferiu “se matar” a voltar a ser escrava… E logo a história, na festa, viraria música: Porque tinha bem certeira Uma baita opinião: Liberdade para poucos Não conforta o coração O quilombo que existia Para todos lutaria Sem abrir uma exceção Tia Ciata falaria da guerreira negra, grávida e escravizada Aqualtune. As crianças adoraram a sonoridade singular de seu nome… A grávida Aqualtune daria luz, já livre nos Palmares, a Ganga Zumba, importante nos vários mocambos do quilombo...

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Miscigenação… conheça o enredo do GRESV Independentes.
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Miscigenação… conheça o enredo do GRESV Independentes.

Miscigenação… As diferenças nos tornam iguais, as semelhanças nos tornam diferentes. Autores: Giovani Leal e André Dubois Miscigenação é a mistura, cruzamento entre raças, este processo começou com a chegada dos portugueses no Brasil. A maioria dos colonizadores que vieram ao Brasil eram homens, que mantinham relações sexuais com as índias ou escravas negras, daí se deu o início da nossa mistura, do nosso caldeirão de cores, e diversidade. Essa miscigenação trouxe a existência diferenciada do País, dessas misturas vieram os mulatos, os cafuzos, os caboclos, cada um com sua marca, com sua história, se tornando um povo diferente, e ao mesmo tempo um único povo. Os Índios já habitavam este nosso Brasil, com suas crenças aos Deuses da Natureza. Para eles Deus estava em todas as coisas, e o respeito a natureza era crucial, pois era nela que habitavam, que se expressavam através de seus cantos, danças , pinturas corporais, reverência aos ancestrais. Tudo isso expressava sua fé em Deus não compreendida pelo homem Branco. O povo indígena vivia em harmonia com a natureza, tinha como atividades caçar, pescar e colher frutos para sobreviver, não se importava com riquezas, uma forma de viver muito diferente do homem branco. Um povo que não sabia o que era roupa, vergonha de seu corpo, de pele com cor avermelhada, sua pele sem pelos, cabelos lisos, forma de falar e tratar diferenciada . O homem branco descobriu o que pra eles era um lugar sem dono, sem regras e cheio de riquezas, e com sua busca por riquezas e enriquecimento próprio e de Portugal logo trouxeram e impuseram para este lugar e seus habitantes nativos todas as suas regras, suas crenças, seus costumes. A sua cor clara, de pele rosada que não estava acostumada com o clima tropical. Chegaram com sua vestimenta longa, cheia de tecidos e pompa, junto com sua religiosidade católica severa e cheia de regras e pecados logo foi posto a prova com o encontro com os índios e sua nudez e culto a natureza. Então tiveram o primeiro embate religioso onde a fé católica através das expedições Jesuítas com suas catequeses, regras e pecados sendo impostas e conhecidas para o povo indígena, numa missão que pra os brancos era de fé e salvação. Foi um choque cultural muito grande dos índios com o homem branco, que eram considerados selvagens por seus colonizadores, porém toda a sensualidade deste povo considerado selvagem atraiu os portugueses e assim se deu a primeira mistura de raças no Brasil, o “caboclo” resultado da mistura entre o homem branco e o índio. Os negro escravos foram trazidos para o Brasil a força de sua...

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Samba Oficial 2017 – GRESV Independentes
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Samba Oficial 2017 – GRESV Independentes

Miscigenação… As Diferenças Nos Tornam Iguais, As Semelhanças Nos Tornam Diferentes Compositores: Rodrigo Tinoco e Rafael Faustino   Interprete: Rodrigo Tinoco Ê caboclo ê Sou fruto do ventre da natureza Ê cafuzo ê Sou independentes mulato de sinhá Eu sou a mistura de cores e raças A miscigenação em meus solos vi brotar A paz vou cultuar A minha história exaltar Fazer brilhar a esperança Herança que o lusitano semeou Um novo horizonte raiou Em nossas terras chega o colonizador Escravos de Jó vem brincar Sou do carnaval, vou pro arraiá No arrasta pé ou samba no pé Tem os quitutes da linda muié Mistérios da mata… o folclore Das lendas, a fascinação Cultura do branco e do Índio em comunhão… Do negro que bate o tambor Bailado de fé e amor Ôoo Louvor aos orixás Lembrança aos ancestrais É mística a identidade Ecoa o grito de liberdade...

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