Conheça o enredo do GRESV Malandros para o Carnaval 2018
maio07

Conheça o enredo do GRESV Malandros para o Carnaval 2018

MALANDROS MADAME SATÃ APRESENTA A LAPA BOÊMIA Ah… Velha Lapa… Das serestas, cabarés e festas emolduradas pelos lampiões a gás… Ah, Velha Lapa, quantas saudades nos traz… Recanto de belezas e encantos, dos malandros e artistas, das mundanas que conquistam. Da boemia, seu costume principal. Lapa do prazer, da mistura das cores e raças. Terra do gingado e da alegria. Lapa dos vícios, pecados e paixões. Das virtudes, encantos e amores. Da boemia desenfreada, de malandragem e dos sambistas, dos desordeiros perigosos. Dos bares e cafés, cabarés e cassinos. Onde convivem diferentes tipos cariocas. A própria imagem do Rio de Janeiro. A Lapa boêmia começa a surgir no fim da década de 1910, com apogeu nos anos 30. É a terra da dualidade. Ela não é boa nem má, mas sim boa e má. Os boêmios estão entre a ingenuidade e a criminalidade. Um estilo de vida duplo e perigoso. E entre malandros, meretrizes, músicos, intelectuais, vedetes, garçons e outras figuras que compõem o elenco deste bairro, quem nos leva para conhecê-lo é João Francisco dos Santos, mais conhecido como Madame Satã. Negro, homossexual, pobre e marginalizado. João trabalhou como travesti no teatro para se tornar artista, mas não deixou de lado a malandragem e ganhou o nome de Madame Satã. Falar da Lapa é falar de Madame Satã. O bairro fez parte de sua trajetória desde sua chegada de Pernambuco. Quem melhor para nos mostrar a lapa boêmia? E lá vamos nós com o malandro Satã, que começa nos tornando familiares às diversas figuras que frequentam o bairro. A Lapa foi marcada pelo misto de homens e mulheres, trabalhando ou se divertindo, o que lhe garantiu o seu tom peculiar. Para traçar o seu perfil, é necessário imaginar a sua vida noturna notavelmente boêmia. A atmosfera humana era descrita como fascinante, e a muitos visitantes agradava ficar a observar, entre uma cerveja e outra, a rotina dos notívagos e boêmios, marinheiros, letrados, prostitutas e, sobretudo, da malandragem. Ah, a malandragem! Madame Satã nos apresenta a seus colegas malandros. Colegas, porque o respeito entre os malandros não quer dizer amizade. Afinal, não se pode confiar. Malandro de verdade é aquele que acompanha as serenatas, frequenta os botequins e não corre de briga, nem contra a polícia. É aquele que impõe respeito e medo. E não entrega o outro. sempre a sua navalha, a “pastorinha”. Imortalizado nos textos e na música. Estigmatizados e perseguidos pela polícia. A figura do malandro na lapa se torna um mito. Sempre vestido com aprumo, com seu chapéu panamá. Viviam na gafieira, nas rodas de samba ou na capoeira. Para sustentar seu estilo de vida,...

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