Mas uma agremiação que se une ao Grupo de Acesso 2017 é a Sociedade Águia Real. A agremiação do presidente Adalmir Menezes e seu vice Bruno Surcin conta com Fábio Pessôa como carnavalesco, e Zé Bolinha como intérprete.
A Águia Real fará sua estreia no Carnaval Virtual homenageando Joãozinho 30 no enredo “João, Valeu!”, escrito por Anderclébio Macedo. Confira a sinopse.
JOÃO, VALEU!
Iluminada pelo dom divino as terras da encantaria
Geraria o gênio do novo milênio
Menino franzino, no sonho bailarino
De mente traquina e inquieta
Máquina sagaz de ideias vorazes
Traduziria o Brasil de diversas formas
Através de delirantes lendas e estórias
João menino, o Rei do lixo e do luxo
Absoluto, é cara do carnaval.
Do sonho de menino vindo lá do Maranhão
Trouxe consigo as visões e as memórias do Paraíso que nascera
Natureza exuberante, histórias interessantes que ouvira contar
Foram a bagagem necessária para fazer de ti uma lenda
O gênio da arte de fazer carnaval.
Nos palcos que tanto sonhara brilhar
Na cidade maravilhosa, foi só uma parca experiência
Diante do maior palco que foste a estrela principal.
Entre cenários e orquestra, danças e poética
Descobrira logo o inferno ao acabar seu sonho de bailarino…
E como se nascesse para uma nova era envereda-se no carnaval
E de sua mente brilhante surgem estórias inesquecíveis
Visões alucinantes de personagens contrastantes
Uma revolução junto às tradições vermelho e branco desta celebração
Da sua terra apresentou as imagens surreais em lendas
Brincou com reis e provocou assombro nos que ainda nada ouviram falar
Desvendando na sua imaginação seus grandes segredos.
Sonhou, e sonhou alto, ganhando o prêmio desse jogo
E por três vezes elevou o grito de campeão
Celebrado, enaltecido pela marca indelével que criara:
Luxo, fantasia, delírio e imaginação
Fez do ser homem o personagem principal, o ser iluminado
Fosse à Lapa, na figura de um rei, de um mendigo…
A crítica era ferramenta constante em sua criação
Suas visões transcendiam o entendimento real e linear
Misturando o lirismo e o conto
Nas veredas a serem desbravadas pelo Brasil que tanto exaltou
O luxo e o lixo fora a sua viagem mais surreal
Ao voar nas asas do seu Beija Flor azul e branco.
O Brasil em personagens e histórias reais
Foi sua grande fantasia de mestre gênio desta ópera popular
Rainha negra do Pantanal, uma nova aquarela nas paletas de Debret
O “ser iluminado” o fez virar ouro outra vez
Uniu cinema, literatura, teatro e carnaval nos mitos de duas eras, Anita e Orfeu
E retratou definitivamente a sua visão da maior antítese do homem
O paraíso e inferno em vermelho e branco
Abrilhantando grandes escolas pelo Brasil
Faz o homem voar alto, rumo ao terceiro milênio, talvez!
E este homem iluminado ao chegar a Era de Aquários
Fez a sua figura e a sua arte ultrapassar fronteiras
Germinar em outros artistas o amor pela alegria num Brasil de fantasia.
O seu delírio entre o real e o imaginário chegou ao mundo virtual
Sobre as asas de uma soberana Águia Real
Que através da sua obra se transveste para um delirante carnaval
Para te homenagear, grande estrela imortal.