Conheça o enredo do ESV Nobreza da Baixada para o Carnaval 2018

NOBREZA DA BAIXADA
DOS MITOS, LENDAS E CRENDICES: FLORIPA, A ILHA DA MAGIA

Refazemos o feitiço, recriamos o encanto

Num piscar de olhos reencarnamos

Reencarnamos o mestre das letras

Letras bailam e anunciam a ressurreição do grande escritor Franklin Joaquim Cascaes

Saído do paraíso dos contos, do céu dos escritores

Cascaes informa, anuncia:

Na Baixada tem Nobreza, Na Nobreza tem Grande Rio

 

A Baixada grita, a Nobreza clama “Y-Jurerê Mirim “ vem ai!

A encantadora ilha das Bruxas eu “quase” vi

Uma comunidade toda em prantos eu presenciei, mas é história passada

Uma nova história há de nascer, uma nova história há de ser recontada

Renascido do fogo fui apresentado, mas não como esperado

De ritual bruxólico citei, na avenida do povo morei

Chegou a hora, vou reapresentar

Dos mitos, lendas e crendices – Floripa, a Ilha da Magia

 

Num passe de mágica, o céu clareia

Feitiços rolam e eis que surgem as primeiras vassouras mágicas

Vassouras essas que nos conduzirão à Ilha de Santa Catarina

 

INICIO

 

Chegamos enfim a Florianópolis e somos surpreendidos

Um mar branco com detalhes vermelhos, sim vermelho

Mar de felicidade, um rio de festividade vai passar

O Sagrado e o profano bailam com cadência, num perfeito ritmo

Esse mar tingido de branco embala a cidade

Folguedos e barraquinhas dão o tom da felicidade

Felicidade anualmente festejada desde 1994

Mas a tradição vem de muito tempo

Séculos atrás: mais exatamente no século XVIII

Passo a Passo eu vou

Como uma multidão, feito uma procissão

Sou feito de símbolos e rituais

Momentos marcantes a ti e a mim

Sou da lavação da imagem

Vou da transladação

E, por fim, chego à Procissão

Procissão de Senhor Jesus dos Passos

Ritual que se repete há 252 anos

Fé que irradia, e sempre será assim!

Tradição vivíssima

Tradição com raízes profundas nessas terras

A lá Portuguesa

Que seguiam sim

Linda e brilhante era ela, a estrela

Sentido a Belém

Em versos cantados foram adentrando

Adentrando e anunciando a chegada dos Reis, assim sendo

O Terno de Reis

 

“O que fazer agora? ” Era a pergunta

“Desistir! ” Foi ouvido

Queimada em dor e sofrimento

Alas e Alegorias voando em cinzas

Cinzas que se apagaram lentamente

Lentamente a dor maior sumiu

Evaporou, Desapareceu!

Um dia eu choro

Outro dia eu comemoro

30 primaveras a completar

30 motivos para festejar

Uma grande homenagem está prestes a iniciar

Não tem fogo e nem chuva

Que tire a vontade de dar a volta por cima

É uma volta por cima sim!

A Nobreza da Baixada convida você

A “reassistir” a homenagem

Para a mais importante ilha do sul brasileiro

Atravesse essa ponte rumo à luz da reconstrução

 

Em suas tradições e folclores

Diversas especialidades se encontram

Mas a protagonista é uma

Festival que comemora a abundancia

Comemorada no inverno – Festa da Tainha

Uma brincadeira cultivada e preservada

Originária de Galícia

Uma comunidade autônoma da Espanha

Registra as primeiras referencias do costume

Da falta de cabeça, coloque o Mamão

Inicialmente de “O Folguedo do Boi Falso”

Ou até mesmo de Boi de Pano da Ilha de Santa Catarina”

Apreciada principalmente entre o Natal e o Carnaval

De brincadeiras do boi, sou O Boi de Mamão

Evitar o Êxodo rural é a missão

A Festa do Morango nasceu

Variada gastronomia

Mas só uma estrela brilha

O Verde milho na Festa do Milho Verde

Do Almoço Colonial, a presença da Rainha e das Princesas da festa

Num grande baile animado pelas Bandas

Produtos coloniais e artesanais são típicos

Mas o destaque da festa ainda há de chegar:

O Desfile da Colonização

Bem-vindo à Festa Regional do Pão de Milho

Da grande quantidade de Mel

De grande fabricação de queijo

Motivou a organização da festa

Para divulgação e comercialização

Angelina tem a Festa do Mel e do Queijo

De Angelina a Itajaí

Quatro dias de festividades

Cheios de simbolismo

Repletos de curiosidades

Aqui há tradição

Pratos típicos em concurso

Bailes Tradicionalistas e até Torneio de Gado Leiteiro

Aqui há Festa do Colono

Logo ali eu vou

Não diferente do resto do pais, também sou folião

A Cultura do povo sou eu, Carnaval – a Paixão nacional

Aqui também tem

Sou da passarela Nego Quirido

São 25 estrelas que brilham

Sou Protegidos da Princesa

 

DOS CARIJÓS AO MUNDO AQUÁTICO – ENCANTOS DO FUNDO DO MAR

 

Aparente, quase igual

Dos guaranis eram muito familiares, carijós eram

Etimologia oriunda de Tupi

Descendentes dos anciões era Karai-yo

Ajudar era necessário

Navios solicitavam ajudas

Ajudados eram sempre

De tão solicitados, o pior aconteceu:

Traídos pela boa fé

Anteriormente brancos amigos, mais tarde inimigos traiçoeiros

Ameaça eles eram

Arte de curar – avançada

Ventosa aplicada pelos lábios do pajé era o principal remédio

Dos cantos e costumes

Da terra aos mares

Na língua dos piratas eu entendia

Um “Jig” aqui, um “Jig” lá

Piratas tomavam suas bebidas, seus “Grogs”

Animados estavam

Do Capitão ao Swab, melhor dizendo, o marinheiro que limpa o convés

O Medo rondava, o pânico pairava

Meta maior, era única:

Desbravar e acabar

Desmantelar as lendas que habitavam o mar

Comemorar apenas quando destruísse o desconhecido

Mas o pensamento já estava

Ver bem alto a “Jolly Roger”

Fascínio tão grande os enganaram

O Medo tão grande os afundaram

Mais um naufrágio ali aconteceu

Voz que seduz, voz que fascina

Belezas da natureza aqui habita

Novo mundo onde

Mulheres metade peixe metade deusas

Enfeitiçam os homens carentes

Marinheiros inocentes

Entre sereias, eis que surgem as ondinas

Seres típicos desse mundo novo

Seres enfeitados de pérolas

Unicamente e especialmente

As grandes protetoras das Pérolas da Grande Ilha da Magia

Num visual diferente

De cor verde-esmeralda predomina

Mesclando com o azul do fundo

De perto uma beleza natural

De longe um espetáculo fenomenal

Companheiros das ondinas e sereias

Seres que habitam o mar

Mar repleto de peixes

Surge pequenos, pequeninos cavalos marinhos

No balanço do mar

Da esquerda para a direita

Assim surgiram golfinhos dando as boas vindas

Da direita para esquerda

Em busca de alimento, pinguins

Indo e vindo

Polvos e arraias completavam o balé

Dança das águas vivas, baleias completam a cena

Corais para incrementar

Peixes aleatoriamente sobem e descem

Subindo para anunciar a Festa da Nossa Senhora dos Navegantes

Bailando nas ondas do mar

Singrando um cortejo,

Barcos brancos, barcos floridos

 

PARAISO MÍSTICO

De troco apenas um sorriso sincero

De felicidade apenas um obrigado sincero

Generosidade uma característica

De sua particularidade a sua disposição

De Calor de Figo a mal olhado

De Cobreiro a Zipra

Na arte de afastar os males

Na graça de aliviar dores, encontra-se em Pântano do Sul

Antes da procura médica

Passe garantido na benzedeira

Estranho não? Não, apenas diferente

Sou benzedeira

Sessenta praias ele possui

Brancas como jasmim

Truque para captura-lo era fácil, infalível

Traga uma corda com sino bronzeado

Domá-lo conseguia sim

Pois ele andava por ali!

Não só ele, mas também uma criatura

Criatura e criador era ele

Metade homem, metade lobo

Andando atrás de suas presas

Furioso sempre estava

Faminto se encontrava

Atrás de suas presas, sim ele se encontrava

Levantando-as como troféu

No calor da noite, da meia noite

A lua brilhava forte

Airosa e donairosa

Venusta era ela

De noite

Misticamente amigos, entre sete vidas

As setes se presenciam no ambiente

Negritude felina, gato preto

Pelo negro

Companheiros fieis das feiticeiras

Varinhas encantadas

Vassouras embaladas

Caldeirões pulsam

Vermelho, o sangue brilhou

Verde, a treva acordou

Amarelo floresceu

Floreando o caldeirão, o rosa pulsou

Encantou, fascinou… assustou

Roxo gritou

Pelo de gambá

Unha de crocodilo

Asa de morcego

Sangue de cabra

Por último, mas não menos importante

Sacrifício mais que especial

Sacrifício humano

Bruxas sorriem, contentes elas estão

Jogando cada ingrediente

Especialmente escolhidos

Requisitados pelo seu superior, Lúcifer

Criancinhas sugadas, chupadas

No Morro do Rapa, extremo norte da ilha

Estão a comemorar uma vitória diabólica

Um grande balé está a acontecer

Vestidos escuros rodopiam

Deixando assim o ambiente sombrio

Sim, ainda mais sombrio

Esvoaçados cabelos

Roupas retalhadas

Comemorando vitórias diabólicas

Entre beleza e a feiura, uma verruga existia

Pulsando o pé forte no chão

Cantos eram citados

Louvação ao senhor das trevas

No visual incrível, magnífico

Bode se envolve, participa

Morcegos rodopiam

Integram o sabá

Feitiços e Feitiçarias

Mudando vidas, destruído outras

Excepcionalmente inteligente, safas

Assim eram as bruxas e seu balé

 

Acreditar é necessário

Dois motivos para convencer

Tradição e cultura

Místico é e sempre será

Dos mitos dessa ilha

Das lendas dessa terra

Das Crendices desse povo

Floripa – A Ilha da magia

Y-Jurerê Mirim está de volta.

 

Autor do enredo – Brayan Andrade

Pesquisadores – Brayan Andrade e Caio Barcellos

Author: Netto

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