Conheça o enredo do GRESV Independentes para o Carnaval 2018

INDEPENDENTES
NAMINSKY – OBI ALAGBARA, OBI OMARAN

“Naminsky, Obí Alagbara, Obí Omaran

O resgate da memória: é preciso lembrar!
O ano era 1917. O endereço: rua Visconde de Itaúna 117, Praça Onze. Região que na época era conhecida como Pequena África. Era uma daquelas festas que varavam noites. A anfitriã se chamava Hilária Batista de Almeida. As festas celebravam os orixás, mas também temas e ritmos do mundo. Hárelatos de que Hilária, Tia Ciata para os íntimos, adorava uma roda de partido alto e que se destacava na dança do miudinho, uma forma de sambar de pés juntos. Freqüentavam sua casa grandes gênios da Pequena África: Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Sinhô, Mario de Almeida e outros de igual talento. Mas sim…As mulheres tinham grande destaque nessas festanças. Elas eram chamadas de tias. E estavam por lá Tia Amélia(mãe de Donga), Tia Veridiana( mãe de Chico da baiana), Tia Prisciliana (mãe de João da Baiana)… E as tias,donas dos lugares de memória, dos lugares de afeto, começaram a contar histórias de suas ancestrais. Histórias de mulheres negras que resistiram às chagas da escravidão e que construíram zonas de fuga para a liberdade. E ao contarem e cantarem suas vidas de luta trouxeram a tona biografias escondidas pela história do homem branco! E lembraram nomes como: Aqualtune, Dandara dos Palmares, Eva Maria do Bonsucesso, Luisa Mahin, Na Angotime, Tereza de Benguela…
Foi uma epifania onírica… Histórias sendo relembradas nas rodas de conversas e samba. E diz a historiografia que foi lá naquele ano de 1917 que surgiu o primeiro samba… Mas sabemos, aqui para nós, que ali foram bordadas narrativas infinitas da liberdade…
Nas festas eram formados círculos e as tias contavam para as crianças as histórias das heroínas de pele negra. Tia Ciata com sua voz firme e de tom professoral lembrava das grandes guerreiras do passado:
– Agora quero contar a história das grandiosas Dandara dos Palmares e Aqualtune. Foram duas bravas negras quilombolas que viveram na mesma época no quilombo dos Palmares! Dandara foi casada com Zumbi dos Palmares, lutava capoeira e jamais renunciou a liberdade. Esteve a frente de um exército de 10 mil homens. Preferiu “se matar” a voltar a ser escrava…
E logo a história, na festa, viraria música:
Porque tinha bem certeira
Uma baita opinião:
Liberdade para poucos
Não conforta o coração
O quilombo que existia
Para todos lutaria
Sem abrir uma exceção
Tia Ciata falaria da guerreira negra, grávida e escravizada Aqualtune. As crianças adoraram a sonoridade singular de seu nome… A grávida Aqualtune daria luz, já livre nos Palmares, a Ganga Zumba, importante nos vários mocambos do quilombo da liberdade.
Tia Viridiana muito sábia das histórias da Bahia relatou as sagas de Maria Felipa e Luisa Mahin:
– Seus guris agitados, vim a vocês contar, a história de Maria Felipa! Foi ela responsável pela nossa independência, mesmo não bradando o Ipiranga. Vivia nas terras da Bahia, na ilha de Itaparica e de lá expulsou os portugueses exploradores. Tem também a Luisa, escrava alforriada que sabia ler e escrever, lutou na Sabinada e também ao lado dos Malês. Nunca sucumbiu a escravidão, pois a liberdade era a sua vocação!
E nossas heroínas negras da Bahia, ganhariam versos sonoros também:
Gostaria que Luisa
Fosse muito mais lembrada
Nas escolas brasileiras
Fosse sempre ali citada
É por isso que lutamos
Pra que seja memorada
Tia Amélia muito festeira e boa quituteira,conhecia várias histórias de valentes mulheres negras. Trouxe as crianças histórias de mais 3 de nossas heroínas:
– Quem de vocês conhece a história da primeira “fessorinha” negra como eu, da história do Brasil? O nome dela é Maria Firmina dos Reis. Guerreira firme resiliente escreveu belos livros contra a escravidão. Foi também a primeira escritora negra da história do Brasil. E Mariana Crioula aqui de Paty dos Alferes vocês já ouviram falar? Organizou a maior revolta contra a escravidão do nosso Rio de Janeiro. Eva Maria do Bonsucesso, também do Rio de Janeiro,foi a primeira a vencer na justiça um senhor branco. Teve grandeza de enfrentar uma justiça que só se faz para os ricos.
Em ritmo de modinha, já que tia Amélia era grande cantora, ecoou os seguintes versos:
Com humilde gratidão
Quero aqui enaltecer
A Firmina escritora
Em que eu consigo ver
Uma negra corajosa
Pra me fortalecer
E foi tia Prisciliana quem nos trouxe as histórias de três rainhas negras que nessas terras resistiram:
– Agora quero lhes falar sobre a negra Esperança que uma carta escreveu ao presidente da província do Piauí, relando os maus tratos e torturas a gente negra do Brasil. Encheu-nos de esperança a Esperança. Teve a negra rainha quilombola do Mato Grosso também… Fez seu quilombo prosperar e os homens brancos invejar. Seu nome era Tereza de Benguela. Outra rainha que temos que lembrar é Na Angotimé, que princesa veio de lá, mas aqui tornou-se rainha. Rainha do Querenbetã de Zomadonu.
Muitas daquelas crianças nunca tinham ouvido falar das NAMINSKY do Brasil, por isso é preciso lembrar:
Oh, Tereza de Benguela!
Nosso espelho ancestral
Sua alma ainda vive
E entre nós é maioral
Nós honramos sua luta
Sua força atemporal!
Todos enriquecidos com aquelas memórias viveram a mais feliz das festas de suas vidas! Acreditamos nós da Independentes que era carnaval! Que outra folia seria tão fenomenal? Daqui de 2017 demos um nome a tal encantadora festa: NAMINSKY, OBI ALAGBARA, OBI OMORÃN. Axé, salvem as guerreiras negras, heroínas do Brasil!

A História, a memória e a resistência!
A instituição mais cruel a sangrar nosso solo e História foi a escravidão. Cerca de 5,5 milhões de negros foram trazidos da África para o Brasil, durante mais de 350 anos de escravidão. Essa instituição permanece como macula do passado em nosso presente. Hoje ela se transverte no racismo, marca tão feia que cismamos em ainda carregar.
A historiografia tem usado inúmeras páginas para descrever as dores que ela causava aos corpos, mentes e almas dos negros escravizados. Negros que foram transformados em “coisas”. Não existia humanidade na maneira que o olhar branco senhorial via o negro. O negro além de ser visto como coisa, era trocado como. Seu corpo foi enquadrado na lógica capitalista que se expandiu pelo mundo a partir do século XVI.
Os corpos negros estavam submetidos a sofrimentos impensáveis. Pessoas eram retiradas d´África e de sua vida local. Todo um sistema de solidariedade e de pertencimento étnico era rompido. Os negros chegava aos navios, na costa ocidental da África, acorrentados. Quase sempre não falavam a mesma língua dos homens acorrentados aos seus lados. Essa despersonalização contribuía com os desejos dos brancos.
Nos navios tumbeiros os negros tinham diante de si uma odisséia de horrores. Eram dispostos como mercadorias já que aos empreiteiros do comércio d´almas interessava transportar o maior número possível de negros. Já no século XVIII foram construídos tumbeiros de 3 andares. No primeiro inferior ficavam os jovens meninos, rapazes e homens adultos, eram eles que moviam os remos dos navios, sujeitos as intempéries do Mar Oceano(Atlântico) ; no andar intermediário ficaram as mulheres; no andar superior ficavam as grávidas e as crianças menores. Os negros aprisionados viajavam sentados em filas paralelas, cada um com a cabeça apoiada sobre o corpo de quem estava à frente. E graças à superlotação mais as péssimas condições de higiene, a cada viagem havia um gigantesco número de morte dos passageiros.Daí o nome “tumbeiro” que se remete a tumba, sendo os navios enormes tumbas que sangravam o Atlântico.
A viagem desses e dessas guerreiras rumo à América foi detalhadamente retratada pela literatura abolicionista. Vejamos um trecho do célebre “Navio Negreiro” de Castro Alves:
No entanto o capitão manda a manobra
E após, fitando o céu que se desdobra
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!…”
E ri-se a orquestra irônica, estridente…
E da roda fantástica a serpente
Faz doudas espirais…
Qual n’um sonho dantesco as sombras voam!…
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!…
No Brasil, os que chegavam vivos eram vendidos nos mercados d´almas. Mais uma vez separados- o que garantia que eles não forjassem laços de resistência. Mas o mito da aceitação passiva da escravidão não sobrevive a um olhar mais atento. Há registros de estratégias de resistência desde o século XVII.
Os quilombos eram locais de resistência, zonas de fuga, zonas da liberdade! Foi no mais famoso deles, o Quilombo dos Palmares, que viveram, lutaram e resistiram bravamente duas de nossas heroínas aqui reverenciadas: Dandara dos Palmares e Aqualtune.
“Naminsky” é uma expressão ioruba para mulheres (obí) resilientes, guerreiras, que lutam com afinco por justiça e liberdade. As palavras em ioruba não são só palavras, são cheias de significados desse e de outros mundos( o mundo terreno, o ancestral e o futuro). “Naminsky, Obí Alagbara, Obí Omaran” ( Traduzindo: “Guerreiras, Mulheres Resistentes, Mulheres Fortes” é um enredo sobre mulheres… Sobre negras mulheres… Negras mulheres que nunca se deixaram escravizar porque suas almas eram altivas e livres! Nossas “Obi” são guerreiras e combateram a instituição histórica mais perversa que já existiu em nosso país: a escravidão. Além da tentativa de escravizá-las nossas negras mulheres foram submetidas ao esquecimento dos livros de história. Seguindo nossa verve independente e livre, a Independentes vem hoje nos falar de nossas dez “naminsky”: as duas guerreiras do quilombo mais icônico do Brasil(Palmares): Dandara e Aqualtune; as duas guerreiras que eram princesas em África: Ná Agotime e Tereza de Benguela; as duas heroínas da Bahia: Luisa Mahin e Maria Felipa; As duas bravas da capital do Império brasileiro(Rio de Janeiro): Eva Maria do Bonsucesso e Mariana Crioula; Nossa primeira romancista e professora negra do Brasil: Maria Firmina dos Reis e a altiva Esperança Garcia, nossa heroína negra que lutou bravamente contra a escravidão no Piauí.

Em Palmares viveram duas de nossas heroínas: Aqualtune e Dandara. A primeira era, em África, filha do rei do Congo. Foi também uma grande guerreira e estrategista e liderou um exército de 10 mil homens para combater a invasão de seu reino(Congo) no ano de 1675. Sua derrota gerou sua escravidão! Foi vendida e enviada ao Brasil como escrava reprodutora. Sistematicamente estuprada Aqualtune organizou uma fuga e a estruturação do quilombo mais famoso da história do Brasil: Palmares. Aqualtune foi mãe de três expoentes de Palmares: Ganga Zumba, Gana e Sabina( mãe de Zumbi). Mãe, avó, ancestral maior dos Palmares,a brava Aqualtune deve ser sempre lembrada!
Dandara foi esposa de Zumbi com quem teve três filhos. Ela e seu esposo recusaram aceitar um acordo que Ganga Zumba(tio de Zumbi) assinou com o governo de Pernambuco. Recusando a ser de novo escravizada Dandara cometeu suicídio em 1694, jogando-se de uma pedreira.

Bravas Esperança Garcia, Maria Felipa e Luisa Mahin. Esperança Garcia foi uma escrava alfabetizada de forma ilegal pelos jesuítas no último quarto do século XVIII. Os jesuítas seriam expulsos de Portugal e de seu Império global pelo Marquês de Pombal. Garcia viveria com seus filhos e marido na Fazenda dos Algodões em Nazaré do Piauí. Indignada com os castigos que sofria do feitor da fazenda- ela, seus filhos e os escravos locais- Esperança redige uma carta de denúncia dos maus tratos ao presidente da Província de São José do Piauí. Essa carta é um dos documentos mais importantes que refletem a resistência negra aos males da escravidão.
Maria Felipa nasceu na Ilha de Itaparica, Bahia, no início do século XIX. Era descendente de negros escravizados oriundos do Sudão. Vivia como pescadora e marisqueira. Durante o processo de independência do Brasil, a Bahia foi a província que teve mais dificuldades de se tornar independente. Lá, os portugueses, resistiram com afinco e houve uma guerra civil. Maria Felipa lideraria um grupo de 200 pessoas, entre índios, mulheres e escravos, que causaram derrotas expressivas aos portugueses. O mais famoso episódio foi a Guerra de Itaparica na qual Felipa e seus comandados queimaram 40 navios inimigos, imprimindo uma importante derrota aos ex colonizadores.
Luísa Mahin ,da Costa da Mina, foi vendida como escrava e enviada ao Brasil no início do século XIX. Em 1812 Luísa foi alforriada. Luísa era praticante da religião islâmica e desde África alfabetizada. Tinha excelentes mãos para a cozinha. Depois de alforriada ganharia a vida como quituteira, vendendo suas delícias nas ruas de Salvador. Nos seus doces, Luísa repassava bilhetes que articulavam revoltas escravas e conspirações contra esse terrível mal. Luísa foi uma importante líder da icônica Revolta dos Malês em 1835. Liderou também a Sabinada em 1837. Nossa naminsky era mãe de Luís Gama, negro abolicionista e um dos poetas mais importantes oponentes da escravidão. Os malês, durante a revolta, gritavam nas ruas de Salvador: “Luísa rainha da Bahia. Salve Luísa!”. Perseguida Luísa Mahin fugiria para o Rio de janeiro, aonde foi presa. Paira uma dúvida sobre seu destino: dizem os historiadores que ou teria sido exilada em Angola ou teria fugido para o maranhão, aonde fundou o tambor de crioula.

Rainhas Na Angotimé e Tereza de Benguela. Na Angotimé, ou Agotime, foi uma das esposas do rei Agonglo, do poderoso reino de Daomé. O sanguinário filho mais velho de Agonglo, Adandozan, desejava assumir o trono e afastar toda possibilidade de rivais chegarem a ele. Após consulta aos deuses, ficou decidido que Ghezo, filho de Agotime, assumiria o trono após a morte de Agonglo. Isso gerou a fúria de Adandozan. Em 1797 falece Agonglo e inicia-se uma guerra sucessória. Adandozan vende Agotime como escrava e ordena que seu nome seja mudado para que ninguém jamais a encontrasse. Agotime é rebatizada como Maria Jesuína e enviada ao Brasil. Agotime consegue comprar sua liberdade e fundou o Querenbetã de Zomadonu, conhecido como Casa das Minas.Após anos de guerra sucessória em Daomé Ghezo vence o tio Adandozan e envia ao Brasil uma missão de resgate de Agotime, mas nunca a encontrou.
Tereza de Benguela foi rainha em África. Após uma guerra local foi escravizada e enviada para o Brasil. Tereza organiza junto ao seu esposo ,José Piolho, a construção do mais famoso quilombo do Centro Oeste: Quilombo do Quaritirê, no Mato Grosso. Ela comandava toda a administração do Quilombo e também seu exército. No Quaritirê os quilombolas plantavam algodão, dominavam o uso da forja e comercializavam tecidos, armas e alimentos excedentes. O quilombo reunia índios e negros fugidos do domínio branco. Em 1770 o quilombo seria destruído. Tereza foi rebatizada rainha no Quaritirê. Em sua homenagem o dia 25 de julho foi instituído Dia Nacional de Tereza de Benguela e de todas as mulheres negras!

Aguerridas Eva Maria do Bonsucesso e Mariana Crioula; Traremos também a história gigante de Maria Firmina dos Reis. Firmina foi a primeira romancista negra do Brasil. Seu macrotema era o combate à escravidão. Como lembra-nos a escritora negra africana Chimamanda é necessário recusar os perigos de só se contar uma história sobre os negros: como escravos, sofredores e necessitados de tudo! É necessário contar também suas vitórias, a beleza de sua cultura, seus atos heróicos no mundo! Firmina foi uma dessas mulheres!
Eva Maria do Bonsucesso vivia no Rio de Janeiro no início do século XX. Alforriada trabalhava como quitandeira em feiras no bairro de Bonsucesso. Em 1811 montou seu tabuleiro numa calçada, quando uma cabra tangida por um escravo levou uma penca de bananas e um maço de couves. Eva correu atrás da cabra, quando deparou com o dono do animal, José Inácio de Sousa. O senhor branco, irritado, a esbofeteou. Eva revidou a agressão. A querela foi parar na justiça. Contando com várias testemunhas Eva Maria venceu o caso na justiça.José Inácio passou um mês preso e como pagamento da pena teve que alforriar três de seus escravos. Foi a primeira mulher negra, pobre, ex escrava a ganhar uma querela na justiça contra um homem branco e senhor de escravos.
Mariana Crioula foi escrava no Rio de Janeiro e em Paty do Alfares- RJ. Era escrava de confiança e trabalhava como costureira e mucama. Em 1838 Mariana lideraria a maior revolta de escravos do Rio de Janeiro. Casada com Manuel Congo, Mariana e o marido reuniram cerca de 300 escravos de 6 fazendas da região e formaram o quilombo do Congo. Manuel e Mariana foram aclamados como rei e rainha do Quilombo. Em 1839 o Quilombo foi destruído e os negros sobreviventes capturados. Mariana foi absolvida a pedido da sua senhora, mas assistiu ao enforcamento de seu companheiro Manuel Congo. Ela deixaria sua história de luta e coragem registrada de uma forma bem peculiar: passou a produzir tapetes e pinturas nos quais contava a história de Manuel Congo e da luta heroica pela liberdade em Paty do Alferes.
Além de ser a primeira romancista negra do Brasil, Maria Firmina dos Reis foi também a primeira professora negra concursada de nossa história. Seu romance Úrsula escrito em 1864 criticava duramente a escravidão. Firmina concluiu que para que suas ideias fossem levadas adiante era necessário educar as crianças pobres. Aposentada em 1880, fundou uma escola para educação de meninos e meninas no povoado de Maçaricó no Maranhão. A educação de meninas causaria verdadeiros arrepios na elite branca e machista da época! Sua escola seria fechada em 1888 pelos motivos expressos. Sua literatura de luta e seu projeto pedagógico libertador nos são exemplo até hoje! Seguimos suas letras como exemplos da resistência!

Justificar o que?
Mulheres Guerreiras, insubmissas às crueldades da escravidão. Esse é o enredo da Independentes! Mulheres escondidas dos livros de História, memórias apagadas de bravas biografias. Mulheres que historicamente foram duplamente reprimidas: primeiro por serem mulheres num mundo historicamente de homens; segundo por serem além de mulheres, negras. Dupla exclusão! Todas elas, hoje, têm nomes! Têm seus nomes lembrados como protagonistas da História do Brasil! Hoje a Independentes as concede, em homenagem, suas certidões de batismo nos autos da memória da História com “H” maiúsculo. “Agoyê”, o mundo deve o perdão a quem lutou pelo Brasil, pela liberdade e pela justiça!

 

 

Author: Netto

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