União da Gávea apresenta seu enredo para 2017

Mais uma agremiação do Grupo Especial apresenta seu enredo para 2017. A União da Gávea apresenta “Decifra-me ou Devoro-te – A Pedra dos Mistérios”, de Ricardo Hessez. Confira.

 

DECIFRA-ME OU DEVORO-TE – A PEDRA DOS MISTÉRIOS

INTRODUÇÃO

Neste ano de 2017 o G.R.E.S.V. União da Gávea se propõe a contar uma história inédita através da visão de Dom Pedro II, nossa escola direciona seu olhar para a Pedra da Gávea e apresenta mitos sobre o maior monólito a beira do mar do mundo. Hoje a pedra é conhecida por aventureiros que se embrenham na mata com o objetivo de alcançar o cume, mas muita gente não sabe que este monumento natural guarda uma serie de mistérios surpreendentes que intrigam pesquisadores a várias gerações.

A história a seguir não é real e nem tão pouco foi realmente escrita por Pedro II, mas é verdade que o imperador do Brasil tinha grande fascínio pela face da pedra, por isso a citação ao monarca. Pedro foi um dos primeiros a se interessar pelas histórias que iremos contar pra você. Boa aventura!

 

SINOPSE

Jovem de alma aventureira, pedi a Gaivota que levasse esta carta até você, acredito que só alguém de coragem e determinação poderá resolver um grande enigma, o enigma da “Pedra dos Mistérios”! Está pronto para uma aventura que jamais esquecera? Pois bem…

Meu nome é Pedro Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Francisco Xavier de Paula Leocácio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Bourbon, mais conhecido como Dom Pedro II, filho de Dom Pedro I, você deve saber de minha história… Não quero me alongar neste texto, não tenho mais tempo para isso, meus velhos amigos muito menos, e importante dividir algumas descobertas com você.

Ao olhar a incrível paisagem do Rio de Janeiro me deparei com uma grande obra da natureza que está localizada entre a zona oeste e a zona sul. Um monólito intrigante, com um formato curioso que lembra muito a minha própria face. Incrédulo de que mãos humanas não haviam tocado a pedra que parecia ter sido esculpida com maestria, comecei a questionar-me sobre tal esfinge natural.

Foi ai que juntei uma equipe de pesquisadores renomados. Ouve uma verdadeira comoção! Levantaram a poeira de seus trajes e encontraram-se comigo em minha biblioteca particular… A velhice chegara para estes meus amigos, mas a vontade de novas descobertas ainda ardia dentro de seus corações.

Com a equipe formada, lá estava eu em mais uma de minhas grandes pesquisas históricas. Da janela da biblioteca podíamos observar o monumento com uma luneta, os velhos saltavam como jovens quando observavam alguma coisa curiosa. Folheamos registros sobre o monumento e descobrimos que seu nome era “Pedra da Gávea”. O batismo dessa montanha rochosa como Pedra da Gávea remonta à épica expedição do capitão Gaspar de Lemos, de que participou igualmente Américo Vespúcio, e na qual também o Rio de Janeiro recebeu sua denominação. O nome “gávea” foi dado por causa de sua semelhança com a gávea de uma embarcação.

Observamos uma estranha inscrição localizada ao lado de sua face, um dos pesquisadores que tinha um alto conhecimento em línguas e inscrições antigas, conseguiu traduzir a fantástica frase que dizia: “Tyro Phoenicia Badezir Primogênito de Jethbaal”. Todos ficamos eufóricos com tamanha descoberta! Teria a Pedra da Gávea alguma ligação com os fenícios? Quem seria Badzir e Jethbaal?

Montei uma grande expedição rumo a fenícia e lá descobrimos que Jethbaal foi um rei de grande importância, descobrimos também que aviam provas da chegada de fenícios na américa do sul. Conta a lenda que aqui existia uma cidade chamada Ofir, a cidade servia para controlar a exportação de especiarias do Brasil para a Fenícia, foi em uma destas expedições que Badezir filho primogênito de Jethbaal morreu em um naufrágio causado por uma forte tempestade que levou a embarcação para dentro da Baia da Guanabara. Logo após a morte do filho, o rei ordenou que fosse construída uma esfinge suméria para guardar o corpo do sucessor ao trono, está esfinge teria o rosto de seu filho Badezir.

Então podemos dizer que muito antes da chegada de embarcações portuguesas uma outra civilização esteve por aqui. Fenícios aviam chegado primeiro.

Tratamos logo de esconder tais informações e voltamos às pressas para a biblioteca.

De volta ao Brasil novas descobertas aconteceram… Os fenícios não se auto denominavam assim, apenas os gregos se dirigiam a eles como “fenícios”, teriam os gregos participação na construção da esfinge? Surgiram mais algumas ligações com outras civilizações. Segundo a mitologia persa, há quatro estrelas guardiãs no céu sobre os pontos cardeais da terra e a Pedra da Gávea seria protegida por elas: Aldebaran, na constelação de touro – Leste; Fomalhaut, na constelação de Picis Austrinos – Sul; Regulos, na constelação de Leão – Norte e Antares, na constelação de escorpião – Oeste. A pedra da gávea também teria uma forte semelhança com a pedra da morte situada na cidade do México, um monumento criado pelo povo astecas em homenagem ao deus Tezcatlipoca. Os egípcios também foram citados na pesquisa, o formato da pedra nos remete a um sarcófago, tenho grande paixão pela civilização egípcia e não poderia deixar de notar tal semelhança.

Já que não descobrimos ao certo quais povos estiveram realmente na pedra, e qual civilização deixou as inscrições, nós ligamos a pedra a uma civilização a frente de seu tempo, só os Atlantis teriam a capacidade de construir um monumento tão grandioso. Os Atlantis guardavam o conhecimento sobre muitas civilizações e com certeza levaram para o fundo do mar os segredos da pedra misteriosa.

É! Caro amigo aventureiro… O Brasil já avia sido descoberto muito antes de 1500.

Alguns de meus pesquisadores já desacreditados da possibilidade de adquirir mais informações dormiam na biblioteca, foi ai que sozinho descobri um portal esculpido na pedra, este portal seria a entrada para a cidade de Agartha, um dos reinos de Shambala, que ficava escondido no centro da terra. Aghartha seria uma cidade sagrada, centro de elevação espiritual e fonte de conhecimento infinito. Eu, sedento por conhecimento infinito resolvi procurar a entrada e parti com meus 2 metros de altura rumo a pedra. Finalmente tocaria a minha grande esfinge!

Chegando lá resolvi tirar uma fotografia, com a ajuda de um grande maquinário, estourei a pólvora e tive uma grande revelação dias depois. Ao observar atentamente a fotografia eu descobri que avia em sua parte superior um objeto não identificado, logo lembrei de uma história que meu pai avia me contado: Chegando nesta parte da mata atlântica em 1502 os descobridores perguntaram aos índios através de gestos de onde é que eles vieram, os índios apontavam para os céus indicando que vieram das estrelas.

Isso nunca teve tanta importância para mim, achava que era só mais uma estória contada por meu pai na intenção de me impressionar e suprir um pouco da falta que ele fazia.

Então seriam os índios seres de outros planetas? Será que eles vieram mesmo do espaço? Seria a foto um sinal da existência destes seres espaciais?

Voltei o meu olhar sobre isso e me deparei com lendas nativas sobre um ser gigante que guardaria a entrada do lugar, este ser brilhava como esmeralda e tinha uma aparência que lembrava um réptil, ele teria sido enviado dos céus para proteger a entrada na pedra. Descobri também que os índios acreditavam na divindade da pedra, ela seria um ser antigo adormecido, que despertaria em breve, trazendo uma nova era. Os nativos faziam rituais em homenagem a grande divindade, da “Pedra Bonita” eles oferendavam frutas e animais, dançavam e cantavam, talvez os índios já soubessem da importância do monumento muito antes de tal pesquisa, pena que não levamos tão a sério os movimentos repetitivos de desespero que eles faziam ao tentar falar sobre a grande pedra. Será que um dia a divindade despertara? Será que seremos visitados por seres espaciais? Seria a Pedra da gávea uma base de seres interplanetários?

Não tenho as respostas para tais enigmas, só sei que dês de bem novo já ouvia falar que luzes estranhas eram avistadas por lá.

Além de mistérios já citados aqui, dizem que a pedra também poderia guardar os grandes segredos da humanidade, coisas que só descobriremos quando alcançarmos um novo patamar de sabedoria, afinal, a esfinge sabe de todas as coisa, não é mesmo?

Pesquisando sobre tudo isso descobri que eu é que não sei mais de nada! Só sei que morri e não desvendei os mistérios da Pedra da Gávea, mando-lhe esta carta na esperança de que você continue minha pesquisa. Agora observo tudo de outro plano, sou uma lembrança viva, envolto em descobertas desconexas e histórias misteriosas, fui devorado pela esfinge, não deixe que ela te devore também! Seja corajoso! Caso contrário, eu te esperarei de braços abertos para dividirmos grandes descobertas sobre a surpreendente pedra dos mistérios.

De um coração aventureiro para outro! Atenciosamente – Dom Pedro II.

 

REGRAS DO CONCURSO DE SAMBA ENREDO:

ATENÇÃO COMPOSITORES!!!

Que tal compor seu samba para a União da Gávea? É muito simples, basta seguir as regras do nosso concurso descrito a baixo:

Os sambas concorrentes para disputar ao título de samba oficial do enredo “Decifra-me ou devoro-te – A pedra dos mistérios.” Do G.R.E.S.V. União da Gávea em 2017 deverão conter um áudio em formato MP3 (com ou sem acompanhamento de instrumentos musicais) e a letra do samba contendo nome dos compositores participantes.

Os sambas concorrentes deverão ser enviados para o e-mail oficial da Escola: gresvuniaodagavea@gmail.com até o dia 16/04 para o início da disputa e a final, onde escolheremos o hino oficial da agremiação, será realizada no dia 30/04.

A ala de compositores do G.R.E.S.V.União da Gávea é aberta podendo concorrer compositores de todas as partes do Brasil!

Esperamos grandes obras de nossos compositores, pois temos um grande enredo em mãos e tenho certeza de que as mentes inspiradoras dos compositores serão capazes de produzir um grande samba! Aguardaremos ansiosos as composições. Grato pela atenção.

Author: Carnaval Virtual

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