Ainda Existem Caboclinhos Verdes em Xerém apresenta enredo para o Carnaval Virtual 2025

Estreante no Carnaval Virtual, o GRPCSCBSV Ainda Existem Caboclinhos Verdes em Xerém apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso II na edição comemorativa dos 10 anos do Carnaval Virtual.

De autoria de Igor Cesar Cine, a agremiação irá defender, em 2025, o enredo “Carnaval Virtual – 10 Anos de Histórias e Memórias”.

Confira abaixa sinopse oficial:

Carnaval Virtual – 10 Anos de Histórias e Memórias

No retorno da Caboclinhos Verdes ao CaV, contaremos a história da liga em formato de lenda amazônica.

Ato I – Invocação Ancestral: A Lenda da Criação

No princípio, o caos e a destruição reinavam no “lado contrário” do mundo. Chamados perdidos, desordem e injustiças espalharam-se pelo universo, onde nada florescia, e a dor era a única verdade. O lado de lá não era bom, e muitos foram tomados pela morte. Mas, ao som do tambor ancestral, um grupo de guerreiros e visionários decidiram cruzar as águas e buscar um novo caminho. Partiram em direção ao outro lado, para além da escuridão, onde a esperança ainda sussurrava.

Logo oficial do enredo

No coração da floresta, realizaram um ritual sagrado. No centro da dança, ergueu-se uma nova dimensão: o Carnaval Virtual. Uma terra sagrada onde as lendas e os mitos se uniriam. De 16 nomes ancestrais, uma aliança se firmou para perpetuar a magia por uma década. Entre eles estavam: Setor 1, Bambas, Bohêmios, Caboclinho, Cruzeiro do Sul, Dragões, Escola Virtual da Amazônia, Flor de Lótus, Imperiais do Samba, Progresso, Mocidade, Nenê, Recanto, Rosa Vermelha, Gávea.

Muitos griôs não resistiram à força do tempo. Alguns, fragilizados pelos ferimentos do lado contrário do mundo; outros, já com a idade marcada no corpo. Dez anos se passaram, mas os espíritos da floresta ainda guardavam a memória do pacto. Quando o sol brilhou forte em seu décimo ciclo, seres mágicos da floresta se ergueram em uma cerimônia sagrada para celebrar o renascimento. Abençoados por Jurema e Oxum, ressurgiu um novo caboclinho, uma criatura verde que traria a força da criação para uma nova geração. Mostram assim, que Ainda Existem Caboclinhos Verdes.

Ato II – A Fauna e Flora: O Santuário de Jurema

Na nova dimensão, a magia da criação se espalhou por todo o reino. No Santuário de Jurema, onde a vida floresceu, seres da fauna e flora viveram em perfeita harmonia. Pássaros e beija-flores dançavam no céu com águias e papagaios, enquanto as tartarugas nadavam em águas puras ao lado de tritões e piranhas. O leão rugia com bravura, reverenciando sua nobreza, e o touro negro seguia sua rota, firme em seu destino.

No vasto pasto, galinhas se agitavam com a produção de seus ovos, mas algumas, corrompidas pela minhoca proibida, foram banidas do paraíso. A flora, por sua vez, florescia em seu esplendor: brotos de flores de lótus cresciam com a beleza das rosas vermelhas, e samambaias se erguiam com suavidade e graça de Tamarineiras. Tudo vivia em paz, até que uma fênix, griô ancestral, eternizada nas estrelas, fugiu sem despedida, e pragas começaram a surgir, como mosquitos da dengue.

Ato III – A Sociedade: A Estrutura do Reino

No Reino do Carnaval Virtual, tudo era regido pela harmonia e pela celebração. As aldeias de samba floresciam, e seus habitantes formavam uma sociedade estruturada. Cada aldeia possuía suas personalidades marcantes: presidentes, enredistas, compositores, intérpretes e carnavalescos, unidos pelo amor à arte.

O governo da terra foi administrado por figuras imortais, que conduziram o reino com sabedoria, entre altos e baixos, conquistas e desafios. Por mais que alguns conflitos tenham sido marcantes, a energia da dança, da música e da tradição jamais se apagou. A cada ano, o Carnaval Virtual celebrava a vida e as vitórias, ultrapassando as fronteiras da sua própria dimensão, algumas alcançando a dimensão do carnaval real.

Ato IV – O Legado Virtual: A Eternidade da Lenda

Agora, ao comemorarmos o décimo aniversário dessa criação mágica, fazemos um tributo aos heróis e heroínas que atravessaram os anos, deixando suas marcas no pavilhão de ouro. As fábulas eternas, cantadas e contadas em cada nota e cada passo, continuam a ecoar nas vozes de quem passou, e nas que virão. Cada estrela que alcançou seu pavilhão é uma chama acesa que nunca se apagará.

O legado dos caboclinhos, sua dança e sua essência, seguem vivas em cada geração, em cada criança que se ergue e faz da sua jornada uma celebração de resistência e transformação. Porque enquanto houver samba, enquanto houver caboclinho verde a dançar, o Carnaval Virtual será eterno.

E assim, seguimos a dança!
Os caboclinhos renascem a cada batida, a cada sorriso.

Ainda existem caboclinhos verdes em Xerém.
Que o espírito da criação continue a nos guiar, e que a festa da vida nunca cesse.

Author: Lucas Guerra

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