A Lapa de Adão e Ivo é o enredo da Vira-Lata para o Carnaval 2023
Fazendo a sua estreia no Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual, o GRESV Vira-Lata apresentou o enredo que levará para o seu desfile oficial de 2023. De autoria de Fernando Saol, a azul, branco e caramelo do Rio de Janeiro/RJ irá defender o enredo “A Lapa de Adão & Ivo”. Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação: A LAPA DE ADÃO E IVO Antes de tudo É preciso explicar Após o último desfile Caramelo enlouqueceu E nossa nova história Passa minutos depois da apuração E por ironia do destino A escola perdeu ponto em evolução (!) Despontuado Se revolta, vai embora Sem olhar para os lados Se distrai e a vida pune Foi um guindaste Desses que erguem destaques E lhe acertou a caraminhola Desfalecido vai ao chão Quando acorda Enlouquecido Vê a vida como ela deveria ser E mais um enredo Nasce da sua caixola… Acorda com um bafo no cangote E o cheiro de enxofre Faz ele logo perceber O rabo entre as pernas Não pode conter Quem lhe bafora o focinho Tem a cara vermelha Disse que se chamava Satã, a dona da pureza Com a Madame foi embora Rodar pela cidade No carnaval nascem As mais lindas amizades Caramelo vai com ela Festejar pelo asfalto Riscar o chão com poesia Sambar, curtir e latir alto Em tempo de folia A cidade ganha cor Onde tem praça, tem bloco Tem história de amor Pelo Saara, o melhor atalho Caramelo quer comprar Fantasia de palhaço Pois no fim de semana Já tem bloco do povão Quer sair no Carmelitas No Timoneiros! E no Cordão… Do Boitatá! Pois o Bola Preta vai encher E Caramelo quer espaço pra brincar! Combinou com Satã, a diva Na saída do metrô, pra se encontrar No palco lá da Lapa Vai ter Baile, que beleza O palhaço Caramelo E a Madame Malvadeza Antes do primeiro gole Já cantaram pra Nanica A mulher banana que nasceu na Martinica Depois de tanta firula Tá na hora de contar O título do enredo E o seu desenrolar Lá no Alto dos Arcos Começou a confusão Quando anunciaram um show da Vera Verão Se era cover ninguém sabe Ou alucinação De tirolesa, desceu a drag Sob o coro de “bicha, não!” A clareira na plateia se abriu Mas o pouso deu errado No meio do povão ela caiu Adão, então um cara mais pacato Segurou Ivo, antes dele ir ao chão Rolou orquestra Luzes piscaram Foi um curto-circuito Que aumentou a emoção Caramelo viu tudo de pertinho Sentiu seu coração bater devagarinho Foi aí que a Madame Tirou dele o biscrok sabor latão...
Arranco da FGAF trará Oxum para o Carnaval Virtual 2023
Retornando ao Carnaval Virtual após 2 anos, o GRESV Arranco da FGAF apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso II em 2023. De autoria de Lucas Guerra e Murilo Polato, a escola do Rio de Janeiro/RJ irá defender o enredo “Oxum”. Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação: “Oxum” De Ifá aos idés, as faces do ouro O segredo dos búzios, guardados por Exú, o guardião dos caminhos, instigava a guerreira vestida de ouro. Obstinada por natureza, a bela mulher ecoou o seu cantar enquanto o mensageiro por sua cidade caminhava: “Ieieu, Ieieu Xorodô Ieieu Ke’Xorodô A lua e mã, Xoromã Ifé, Ifé Xorodô” A doce melodia entranhou pelos ouvidos de Exú, com ela se deitou e o segredo guardado a bela conquistou. Senhora do oráculo, deusa de Ifá. Leveza que exala o olhar e faz admirar, jóias que percorrem o corpo e adornam o caminhar. Os balangandãs em sua pele protegem o corpo e reluz tudo aquilo que desejam ao vislumbrar sua beleza. Idés de ouro sagrado, amuletos lavados nas doces águas da cascata que recai em seu peito. “Me lava, Oh! Me lava! Me lava nas suas águas Oxum Maré As águas da cachoeira têm magia e têm poder Me lava nas suas águas, minha Mãe Oxum Marê” Deusa da natureza e rainha da beleza, guerreira do ouro e patrona da águas doces. Faces da majestosa que faz o seu banhar um ato de afeto aos seus. Águas que escorrem de suas mãos e tocam os corpos e as almas daqueles que acalentam o peito em sua saia. Abebés que refletem Lassé, Opará, da Mina. Abebés que iluminam Ipondá, Marê, Balamiá. Abebés que emolduram as faces do ouro. Faces do ouro, o poder da transformação e os mistérios de Oxum Seus adornos mostram a riqueza mas também suas transformações. Do ouro que se molda as joias nascem os mistérios guardados em seu abebé. “…Deusa das águas, dos cristais e da beleza Refletida em seu abebé, quando dança, bonita, é tão faceira” Ômi rouorô, orô Rouorô ômi ô As águas do rio correm calmas, Oxum virou!” Oxum fez do seu corpo vermelho as penas do papagaio Ekodidé, simbolizando a realeza em seu orí. Ao desejar falar com Olorum, o deus do alto, a yabá se transforma no mais belo pássaro dos pássaros: o pavão real. O brilho do Sol era tão forte até à morada de Olorum que suas penas se queimaram e Oxum chegou ao deus supremo em forma de um abutre. Presa em nome do amor, Oxum recebeu o pó em sua cabeça e ganhou asas de um pombo...
Iaçi Tatá Uaçu é o enredo da Estrela Dalva para o Carnaval 2023
5ª colocada no carnaval passado, o GRESV Estrela Dalva apresentou o enredo que levará para a disputa do título de campeã do Grupo Especial do Carnaval Virtual 2023. De autoria da Jorge Goulart e Pedro Ribeiro, a escola do Rio de Janeiro/RJ irá defender o enredo “Iaçi Tatá Uaçu”. Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação: IAÇI TATÁ UAÇU Justificativa: O enredo da Estrela Dalva para 2023 será “Iaci Tatá Uaçu”. A agremiação verde e branca explora a astronomia indígena, mostrando a relação entre os povos originários e os astros. Terão destaque os mitos cosmogônicos das estrelas e de outros astros, o papel das constelações na marcação do tempo, a utilização da posição dos astros para as atividades básicas da vida desses povos e as suas principais técnicas astronômicas. A escola busca a riqueza e a sabedoria destes povos, que dominavam de cor o caminho das estrelas e planetas nos céus de Pindorama. No início, nada existia, até que Tupã, o Deus maior, criou Elvac, o céu, com a ajuda de Araci, Deusa da alvorada. À noite, havia apenas um teto preto e sem brilho… até que surgiram as Iaci Tatá – as estrelas! Muitas lendas das várias mitologias indígenas descrevem as origens das estrelas, planetas e dos astros maiores de nosso céu, Sol e Lua. Em uma delas, os curumins subiram por cipós para fugir do castigo de suas mães e acabaram presos nos céus, seus olhos brilhando como estrelas ao olhar para a terra. Outra história conta que Guaraci e Jaci, filhos de Tupã, eram irmãos e enamorados, mas foram proibidos de ficarem juntos no céu, por isso Sol e Lua nunca brilharam juntos. As fases da Lua são narradas como um marido que engorda ou emagrece sempre que está com uma esposa diferente. E a nossa Iaci Tatá Uaçu, a Estrela Dalva ou Vênus, representa o espírito de Porãsy, mãe da beleza, que se sacrificou para derrotar os sete espíritos do mal, que estão na constelação de Eichú. Saindo do campo das lendas, os habitantes de Pindorama se dedicaram a ver formas celestes que se pareciam com animais, pessoas e objetos, pois acreditavam que tudo o que existia na terra existia no céu. Estabeleceram conexões entre as estrelas e os pontos cardeais e usaram como orientação. O Tapirapé, ou “Caminho das antas”, seria uma rota seguindo a Via Láctea no céu que levaria direto para as minas de prata em Potosí, na Bolívia – o que foi comprovado em expedições posteriores. Existia também o “Caminho dos mortos”, através da constelação “A grande onça” – Três Marias ou Cinturão de Órion -, através da qual...
Xica Manicongo é o enredo da Veados Comunistas para o Carnaval 2023
Estreante no Grupo de Acesso I do Carnaval Virtual, o GRESV Veados Comunistas apresentou o enredo para o seu desfile oficial 2023. De autoria de Felipe Santos, a vermelho e amarelo do Rio de Janeiro/RJ irá defender o enredo “XICA VIVE – Preta, Feiticeira, Travesti”. Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação: XICA VIVE! Faltará tinta Para recolorir a sua memória É sobre a vida De travestis que foram apagadas Da nossa triste história Pouco a pouco Vamos conhecendo Nos re-conhecendo Por aqui, muitas pretas Divinas negras Já comeram o pão que igreja assou Em nome de um deus sem cor Branco como eles Sem rosto, mas de pulso firme E opressor Pra quem não é branco Sobra o pranto E se eles nos achavam selvagens Traficando vidas negras Por uma suposta superioridade E na reviravolta da história Sua nobreza será enfim reconhecida Como símbolo de luta e liberdade Hoje, as estrelas do céu Emolduram o cenário Para a sua coroação na avenida E no cortejo Ela vem toda enfeitada “No peito já na cabe mais” Apesar de ter sua liberdade negada “Só sobreviver, não satisfaz” Se o branco tem fé Usa a fé para perseguir Xica é do axé! A igreja temia A luz que ela emanava Apenas por sorrir A vida que vivia Afrontava Seu comportamento deixava boquiaberto A nobreza, o clero A hipocrisia que reinava na Cidade Baixa Não pode usar turbante Não pode usar vestido Mas ser explorada, escravizada Tinha as bençãos de deus O açoite ao corpo negro A ninguém chocava Sapateira Solitária na floresta de casarios O fogo que lhe condenaram Acenderam no povo preto, o pavio A chama que arde Ilumina a celebração Dos negros e negras Reis e Rainhas Do povo simples de cada nação É do Congo É de Angola Hoje é brasileiro, é quilombola O fim de Xica pode ser diferente E a nossa escola, vai cantar alegremente Que ela virou exemplo Calunga do meu cortejo A boneca negra que se veste com roupas femininas Como era do seu desejo E tantas pretas como ela Motivos de piada No asfalto, na favela Que lutam pra viver Como se reconhecem Panteras, Lacraias Éricas, Marias que florescem Na pobreza, na Quebrada Xica é rainha Preta, feiticeira, dona de si Sua existência, por si só É luta política Abriu espaço para quem vem aí Na Veados Comunistas A luta é preta O sangue ferve Não é bagunça ser...
Protegidos de Zambi anuncia enredo para o Carnaval Virtual 2023
Preparando-se para fazer sua estreia no Carnaval Virtual, o GRESV Protegidos de Zambi anunciou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso II em 2023. De autoria do carnavalesco Jonas Bastos, a escola de Rio Grande/RS irá apresentar o enredo “O Caminho do meio em busca da luz”. Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação: O CAMINHO DO MEIO EM BUSCA DA LUZ Sinopse: Buda foi Siddhartha Gautama, que nasceu por volta de 556 a.c., em Kapilavastu, capital de um pequeno reino próximo ao Himalaia, na atual fronteira do Nepal. De família aristocrata, instruído, ficou chocado com a miséria, a fome e o flagelo dos ascetas, que se mortificavam em jejum rigoroso. lider religioso que viveu na Índia, cuja bondade e sabedoria lhe valeram esse título. É considerado pelos budistas o “Supremo Buda”, fundador do budismo. Peregrinou pelo mundo meditando em busca de explicações para o enigma da vida. Estabeleceu as verdades para se chegar à sabedoria. Criou o Budismo, doutrina religiosa, filosófica e espiritual, onde os seguidores aprendem a desapegar-se de tudo o que é transitório. Pregava que “o ódio não termina com o ódio, mas com o amor” Buda não queria ser conhecido como um Deus, para ele não existia intermediários entre um ser superior e as pessoas. Para o mestre, o importante era buscar a pureza da mente, e compreender corretamente o mundo, para alcançar a salvação. Infância e juventude; Filho de Sudoana, chefe de uma oligarquia tribal da dinastia Sakia, e de Mahamaya, ficou órfão de mãe sete dias após seu nascimento. Diz a tradição que, uma noite antes do parto, sua mãe sonhou que um elefante branco lhe penetrava o ventre. Os brâmanes interpretaram que a criança se tornaria um monarca universal ou um místico de altíssima hierarquia, um Buda. Sua mãe deu a luz ao ar livre, nas pradarias de Lumbini, durante uma visita a seus pais, local onde se ergue um monumento comemorativo. Durante o batismo de Buda os brâmanes se reuniram e confirmaram a profecia sobre o menino e acrescentaram que se ele permanecesse no palácio paterno reinaria sobre o mundo. Porém, seu pai o educou na abundância e no luxo, sendo preparado para ser um guerreiro e líder político tornando-se o seu sucessor. Com 16 anos, Buda casou-se com sua prima Yaçodhara, que Ihe deu um filho de nome Rahula. A busca da verdade; Nessa época, a vida na india era difícil, os habitantes eram numerosos, o alimento escasso, e a divisão dos bens desigual, de modo que a fome e a miséria se integravam no dia a dia da maior parte da população. Segundo...