A Missa do Vaqueiro é o enredo da Apoteose para o Carnaval Virtual 2022
maio22

A Missa do Vaqueiro é o enredo da Apoteose para o Carnaval Virtual 2022

Atual vice-campeã do Grupo Especial do Carnaval Virtual, o GRESV Apoteose divulgou o enredo que irá levar para a busca do título do carnaval 2022. A verde e amarelo do Rio de Janeiro/RJ apresentará o enredo “A Missa do Vaqueiro”, de autoria e pesquisa do seu carnavalesco Vanderson Cesar.  A sinopse é assinada por Lucas Guerra e a introdução é de João Carlos Martins, presidente da agremiação. Confira abaixo a introdução e sinopse do enredo: A MISSA DO VAQUEIRO INTRODUÇÃO Ei, vaqueiro, chegue já Ouça bem a história Que eu vou contar Certo dia, em Serrita Sem pena, sem dó Mataram Raimundo Jacó Era vaqueiro como a gente Humilde, bondoso, contente E aqui estamos nós Até hoje sem resposta Só que a luta vira semente E canção na nossa voz Entoou a morte, Gonzagão E fez a missa, Padre João Ganhou as ruas, a procissão Que hoje é celebração Tem vaquejada, cavalgada E soube que até no Carnaval Vai ter desfile em oração É uma tal de Apoteose Que fará nossa missa na pista Mostrando que o sonho nunca morre E que vaqueiro também reza com sambista SINOPSE “Ei, gado, oi” Em nome do Pai, dos filhos que aqui estão e dos espíritos que pairam sobre essa terra seca. Badalam sinos e soam berrantes; tremulam chamas de velas feito bandeiras; lá em cima, a cruz; e sobre os ombros, o couro. Ressoam cânticos e clamores, assim como se ouve ao longe o mugido do gado. Sob o Sol que alumia o caminho e teima a toda essa gente ressecar, segue o sertanejo que teima em (re)existir pelas veredas que a vida o leva, rumo ao altar. “Tengo, lengo, tengo, lengo Tengo, lengo, tengo” Todos de joelhos, olhos fechados… Tende piedade de nós. Que o Pai perdoe o filho que clama para que o Sol pare de queimar sua pele e seque o açude e a sua fé. Que o filho perdoe o sertão pela sua inclemência ao engolir as almas que tocam seu chão. Perdoa, meu pai. Da própria desgraça, seu filho vaqueiro canta para tentar ser feliz. Acode, meu Pai. O espírito da vida escorre pelos dedos feito chuva, que por ora não cai, mas há de chegar e irrigar a nossa salvação. Palavra do vaqueiro, garças a Deus! Naqueles dias em que o corpo se esvaia pela quentura da terra, a poeira do sertão inspira os profetas da seca. Evangelhos da caatinga, liturgia da lida do roçado. No sertão, palavra da salvação é chuva. Nos salmos daqueles que resistem aos desafios desse chão, o desvario é labuta de sobrevivência e o sertanejo, uma fortaleza. Recebei, ó Senhor, a...

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Morro do Esplendor cantará esportes paralímpicos no Carnaval Virtual 2022
maio22

Morro do Esplendor cantará esportes paralímpicos no Carnaval Virtual 2022

O GRESV Morro do Esplendor divulgou o enredo que levará para a disputa do Grupo Especial do Carnaval Virtual 2022. A escola do Rio de Janeiro/RJ irá apresentar o enredo “Para Agitos – Movem-se os Corpos na Adversidade”, idealizado por Júlio Rosolen e pesquisado por Artur Cardoso. A sinopse é de autoria de Murilo Polato. Confira abaixo a justificativa e sinopse da escola: JUSTIFICATIVA Com muita coragem, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Morro do Esplendor apresenta para 2022 o enredo: Para Agitos – Movem-se os corpos na adversidade retratando as lutas diárias em busca de inclusão, apoio e resistência dos muitos atletas que fazem dos esportes paralímpicos uma oportunidade de demonstrar sua resistência e de dar vazão às suas habilidades. O Morro do Esplendor utiliza de seu espaço para somar em prol dessa tão importante causa, levando a mensagem da inclusão como norte de seu carnaval. SINOPSE PARA AGITOS – MOVEM-SE OS CORPOS NA ADVERSIDADE Tempos de trevas assolam o mundo Devastam e trazem impactos profundos As ruas tingidas com sangue vermelho Dão o tom do continente velho Uma triste aquarela que contrasta Povos sofridos e nefasta A possibilidade de um novo amanhecer Arames, sons e tanques fazem parte do cotidiano Orquestrados por um ser inescrupuloso Nesse lugar não há espaço, não há vidas Há temor, morte e existências prescrevidas A devastação deixou sinais, muitas vezes tatuados Em formas de triângulos para seres atenuados Outros tantos sinais de dor em seus corpos Escolhidos a dedo por fenótipos Unidas as nações venceram o vilão estarrecedor E movem-se os corpos para demonstrar o amor contra o terror. Nações unidas criaram, e impulsionaram o esporte como solução Fazendo deste uma grande confraternização Que leva a paz acima da competição. Superando limites o mundo viu a história do esporte mudar E dezesseis atletas fizeram uma grande fênix em Londres brilhar Era a hora de outros corpos passarem a partilhar A esperança de um mundo melhor Com igualdade independente de condição Física, mental ou qualquer atribuição. Floresce a consciência da demanda De olhar para os corpos sem distinção Um ‘start’ para dar a devida atenção Em um unido reino o movimento iniciar Rumo a naturalizar àqueles que vivenciavam a margem Através da atividade do corpo trazer essa mensagem. Tomar consciência é um árduo processo Mas há de se batalhar para conquistar com sucesso. Foram em busca de dias melhores para toda uma população A autoestima, amor e oportunidade, trazendo sensibilização Para àqueles que desafiam a adversidade no simples ato de existir Tentando alcançar o tão almejado sonho de inclusão Foi preciso com eficiência persistir E com o coração levar a humanidade a...

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Malandros trará homenagem ao Salgueiro no Carnaval Virtual 2022
maio22

Malandros trará homenagem ao Salgueiro no Carnaval Virtual 2022

Estreante no Grupo Especial, o GRESV Malandros apresentou o enredo que levará para o Carnaval Virtual 2022. A vermelha e branca do Rio de Janeiro/RJ irá apresentar o enredo “MAREJOU MEU OLHAR PELO MAR DA SAUDADE: A VOLTA DO MALANDO EM BUSCA DA FELICIDADE”, de autoria do seu carnavalesco Clay Gommez. Confira abaixa a justificativa e sinopse do enredo: JUSTIFICATIVA Em 2022, a G.R.E.S.V. Malandros tem o orgulho de, no Carnaval Virtual, poder homenagear uma de nossas grandes inspirações, o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro, e dar o pontapé inicial nos festejos pelos 70 anos da escola, que serão celebrados em 05 de março de 2023. Neste ensejo, a escola revisita um dos enredos mais célebres do carnaval carioca, mas pela ótica que o público não viu. No segundo semestre de 1992, o Salgueiro anunciava o seu enredo para o carnaval seguinte, sem imaginar o quão antológico aquele desfile seria. No entanto, o que possivelmente muitos desconheçam, é que aquele samba – o mais famoso samba-enredo da história, cujo refrão é conhecido até por “não-sambistas” – não era o favorito naquela disputa. Durante as eliminatórias na quadra, além do animadíssimo “Explode Coração”, despontava um poético samba, cuja derrota levaria a um gosto amargo que não seria esquecido até a Quarta-Feira de Cinzas. A obra que não foi para a avenida, ainda assim, ficou na memória e até hoje é lembrada em conversas saudosistas entre salgueirenses. A dúvida, porém, fica no ar: “Como teria sido ‘Peguei um Ita no Norte’ contado pela inspiração de Luiz, Sereno, Fernando e Diogo?” A G.R.E.S.V Malandros vem contar a sua versão da história: a visão de um malandro paraense que, às vésperas de completar 30 anos de sua viagem ao Rio de Janeiro em um Ita, recorda de cada passo de seu itinerário. Com os olhos marejados, ele relembra sua chegada à “terra do samba, da mulata e futebol” e como se apaixonou pelo Salgueiro. Esperamos honrar neste desfile os compositores Luiz Fernando, Sereno, Fernando Baster (in memorian) e Diogo (in memorian), que carinhosamente autorizaram o uso de sua obra para estreitar ainda mais os laços da G.R.E.S.V Malandros com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro. Que esta seja uma forma de apresentar a mais pessoas um samba que não ganhou a disputa oficial, mas venceu a barreira do tempo. Victor Nowosh e Daiv Santos SINOPSE MAREJOU MEU OLHAR PELO MAR DA SAUDADE: A VOLTA DO MALANDO EM BUSCA DA FELICIDADE ABERTURA: “DO NORTE PARTE O ITA EM MINHAS LEMBRANÇAS” “Eu peguei um Ita lá no Norte E fui parar longe da terra onde nasci O mar foi a minha estrada Nessa viagem tão sonhada Muitos...

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Peixe Vagabundo chega ao Carnaval Virtual em 2022 com o enredo ‘Céu de Pipa’
maio20

Peixe Vagabundo chega ao Carnaval Virtual em 2022 com o enredo ‘Céu de Pipa’

Chegando no Carnaval Virtual em 2022, o GRES Peixe Vagabundo entra na disputa do Grupo de Acesso 2 com o enredo Céu de Pipa. A vermelho e branco de Anchieta, bairro da zona norte carioca, pretende assim, disputar o título de campeã de seu grupo. Confira a sinopse da escola: A lua ilumina a viela Quase que pro sol Vai passando o seu bastão E cá embaixo Eu fico pensando nela Como deve ser Flutuar pelo universo E ser próxima da minha favela? A pergunta que ninguém vai saber responder Pois os raios mais quentes Já botam o asfalto pra ferver É só mais um dia na quebrada O despertador bateu às 5 A vida no beco já tá movimentada O vai e vem de sonhos De luta, de resistência A barriga ronca De fome de conquistas Não mais alto que a envenenada Do moto-taxista Levando gente lá pra baixo Pra ganhar seu din Fazer a vida da mãe preta Menos infeliz As crianças brincam no seu mundo Entre meios-fios Entre vagabundos O mais desavisado pode até achar Que todo desocupado Lá do morro merece ser chamado De vagabundo também Vagabundo deveria ser Quem obriga o favelado A pular o muro da linha do trem O custo de vida nas alturas Mas lá no morro O sonho do pobre é ter mesa com fartura Mente vazia não para em pé O sol queima a mufa De quem anda sem boné Na laje do meu tio Vai rolar mais uma nice Churrascada para comemorar A vida que vem vindo Vem depressa, todo mundo sorrindo Mais uma criança E eu vou ser o dindo Não há nada que possa me abalar Nem cliente reclamando Do atraso do seu rango Fazer o que? Bicicleta não tem motor E a quilometragem Não aumenta a gorjeta De quem é entregador Uma pausa pra comemorar Meu time venceu O vizinho eu quero zoar Chamar de freguês E poder falar que é meu maior prazer Vê-lo brilhar Se alguém me perguntar Se eu sou feliz Mostro meu lugar Meu mercado, o bar da esquina A venda do Seu Luiz Que tem de tudo De prego à roteador Não preciso descer o morro Pra comprar celular Nem pra encomendar O bolo de aniversário Do meu amor O aplicativo travou Hora de voltar pra casa Subir a ladeira da graça No caminho, um podrão Mais que especial Hoje é dia de fazer O pedido matrimonial Espero que ela goste Que aceite sem pensar Vou subir nosso barraco No quintal da minha tia Diná Sabe como é, a vida pode ser bela Não precisa ter reboco Mas seria legal se...

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‘Em 2022 a Belas Artes é afro! É quente! É guerreira!’, diz sua sinopse
maio20

‘Em 2022 a Belas Artes é afro! É quente! É guerreira!’, diz sua sinopse

A escola de Curitiba, capital paranaense, a Belas Artes, levará o enredo Histórias negras separadas pelo atlântico sul. A escola presidida por Igor César Cine disputará o Grupo de Acesso 2, e trazendo um novo pavilhão para o ano de 2022. Confira abaixo: Leia também a sinopse da agremiação: No velho mundo Um fabuloso império desponta E em plena savana se encontra Com uma África majestosa, guiada por um Rei Um reino de riqueza e adoração, Amor e união De povo guerreiro, Valente e justiceiro, Que luta pela sua comunidade Por paz e igualdade Lealdade é o seu ideal Dos Congos aos Males Na busca por dignidade, afinal. Abaixo da linha do equador As mesmas águas que separam, A África e Novo Mundo, Fazem encontrar destinos na História Em seu curso em desatino No porto é um negro sonho a ser embarcado Os olhos refletem a imensidão azul Horizonte incerto do Atlântico Sul Sobre mar de Yemanjá Sobre mar de Olokun Novas terras a povoar, E vinha povo de todo lugar… Benguela, Costa da Mina, Benin… É a nação Banto É a nação Yorubá E ao deixar o tumbeiro para aportar Nestas terras de alma e solo férteis Sua cultura plantou, Semente de forte valor Na sua lavoura lágrimas, sorriso Amor Aqui foi açoitado, mas negro é filho de Zambi Um Zumbi da cor Que na Serra da Barriga lutou Fez Quilombo, fez Império Contra branca opressão Palmares resiste em flor E pelas terras de São Luís do Maranhão Na Casa das Minas, rainha Agotime Do seu povo Nagô Rebatizada de Maria Também é Mineira Do vodum é Naê E pela Bahia, neto de Aláàfim Abiodun Herdeiro de Oyo, “Salvador” do povo Dom Obá II Letras e versos islâmicos Para escrever um destino novo Nos caminhos deste Brasil, O meu canto ecoa no Rio Um escravo vira Rei, Ignácio Gonçalves Monte, Rei dos Mahi destas terras daqui Nas encostas dos Dois Irmãos, Estava Seixas, português e branco de corpo, Mas negro de coração Camélias para a Princesa na libertação A pena de ouro da abolição E voltaram para terra negra em Ajudá O povo de luta, o Agudá É povo unido, codinome brasileiro O destino separado foi unido pela Belas Artes. Confira a defesa da escola: O Novo Mundo foi o nome dado pelos europeus na época da descoberta da América, por ser um continente novo para todos. O velho mundo seria no caso o que eles já conheciam: Europa, Ásia e, principalmente, o fio condutor do nosso enredo, a ÁFRICA. Na Idade Moderna, sobretudo a partir da descoberta da América, houve um florescimento da escravidão. Desenvolvendo-se então um cruel e...

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