Ponte Aérea apresenta enredo para o Carnaval Virtual 2025
ago13

Ponte Aérea apresenta enredo para o Carnaval Virtual 2025

3ª colocada do grupo na edição passada, o GRCESV Ponte Aérea apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo Especial, na edição comemorativa dos 10 anos do Carnaval Virtual. De autoria de Lucas Guerra e Murilo Polato, a agremiação irá defender, em 2025, o enredo “A LUTA PELA TERRA”. Confira abaixa sinopse oficial: A LUTA PELA TERRA “Chão onde brota a vida, que sustenta a luta. Desde sempre em disputa entre nativo e o explorador. Chão que assistiu a sangria, o saque, a covardia com a natureza e com quem a cultivou.” – GRCESV Ponte Aérea 2018 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA O grito que ecoa do campo segue reverberando em nossas vidas. A semente outrora plantada deu frutos, fez morada na memória, e segue em fila, por amor a essa pátria Brasil. Nos 10 anos de Carnaval Virtual, o Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Virtual Ponte Aérea tem o orgulho de apresentar “A LUTA PELA TERRA”, uma releitura de nosso enredo de 2018, “É por amor a essa pátria que a gente segue em fileira”. Olhamos para o passado com ternura, em busca de, no presente, reforçar a potência que há nessa história. A nossa luta nunca acabou. Nossa, pois somos frutos de um solo dividido e arrendado. Onde àqueles que conhecem esse chão, nunca o terão como torrão. A Terra, que deram nome de Brasil, ferve. A brasa escorre junto ao suor. A existência é sonhar com um amanhã melhor. Nos 525 anos que o invasor chegou a esse chão, exigimos: reforma agrária e demarcação. Não irá se apagar o passado. Mas é possível construir um novo futuro – se o nome dele for revolução! Derrubemos as cercas e amarras. Nos juntemos, com ordem, à rebeldia. É hora de fazer cumprir o sonho de tantos que se foram – e que não sejam em vão. Comemorar a vitória das calejadas mãos. De peito aberto, coração cheio de amor. A nossa bandeira é que no país que tudo produz, que ninguém tenha fome. Vamos à luta, por um país que não veja o verde virar fuligem. Vamos à luta, para não nos intoxicar. Vamos à luta, pela Terra, e o amanhã que iremos conquistar. E sempre vale a pena lembrar: A nossa alma é, foi, e sempre será, vermelha! SINOPSE TERRA – Da plenitude à invasão: RESISTIMOS! Terra livre, madura. Terra de sangue vital. Maturidade que floresce em plenitude. Somos filhos de Abiayala, e aqui já estávamos quando o verde ainda era verde. Somos vida a viver entre as matas. Somos fauna que exala sapiência. Somos flora que celebra a existência. O verdejante manto sagrado cobria o...

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Ponte Aérea trará encantarias dos Pankararu para o Carnaval Virtual 2023
maio18

Ponte Aérea trará encantarias dos Pankararu para o Carnaval Virtual 2023

Atual vice-campeã do Grupo Especial do Carnaval Virtual, o GRCESV Ponte Aérea apresentou o enredo que levará na busca pelo seu 4º título de campeã em 2023. De autoria de Lucas Guerra e Murilo Polato, a escola de Xancerê/SC irá cantar os rituais do povo indígena Pankararu através do enredo “Encantarias de Um Povo Vermelho”. Confira abaixo a sinopse do enredo divulgada pela agremiação: “Encantarias de Um Povo Vermelho” SINOPSE Rancho: O flechar do curumim e o chamado de Pontiá O canto do araçari percorre os raios do entardecer que iluminam as brincadeiras dos curumins na aldeia Pankararu, em Brejo dos Padres – Pernambuco. A noite vai e todos se recolhem, na soturna madrugada os encantos pairam sobre os sonhos do povo de pele vermelha. Na cabeça de um curumim a névoa dos espíritos toma conta de sua mente. Entre as brumas de medo e agonia, ele sente a ponta da flecha no peito e seu corpo é tomado pelo sono profundo. O dia raiou e o curumim no canto “amado” fez com que surgisse entre seus familiares a suspeita de que uma perigosa noite tenha ocorrido. Ele se levanta e cai, sem forças, ao chão. Chega pai, chega mãe. Chega mais velho, chega rezadeira. A mesa será aberta na força dos Encantados, da Jurema e da Santa Cruz. Vela acesa no poró, campiô ao céu. O chacoalhar do maracá chama o panteão Pankararu. A velha rezadeira sente a correnteza em seus pés, chega a certeza que a “doença” do curumim veio de cima. A encantada das águas visitou seu sono e o flechou. O bater das folhas, no cair da tarde, é interrompido pelo cantar de um velho praiá. Dentro do poró ele entoa junto ao maracá: “Pontiê rêaa, pontiêi pontiou rêaná reiôvê Pontiê rêaa, pontiêi pontiou rêaná reiôvê Pontiê rêaa, pontiêi pontiou rêaná reiôvê” Um forte vento sopra ao final do toante e a rezadeira entende a mensagem. É Pontiá, encantado da terra, que veio interceder pelo curumim. Ao “Rancho” ele deve ser prometido e ao Encantado entregue para que seja um novo praiá Pankararu de Pontiá. Fumaça de campiô: A Santa Cruz, a Jurema e os Encantados O encantado é quem pede, e um novo praiá nasceu. É hora de celebrar a cura do menino que passou pelo “rancho”. Ajucá na aldeia e rezas no poró. Enquanto as danças no terreiro levantam poeira, os chefes-praiás se reúnem para adentrar o mundo místico Pankararu e apresentar o curumim aos encantos espirituais. O campiô é preenchido com o fumo enrolado e seco, a fumaça se espalha e entranha nas palhas secas, chamando as energias dos seus ancestrais para...

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Comemorando 15 anos de fundação, Ponte Aérea cantará Averekete no Carnaval Virtual 2022
abr09

Comemorando 15 anos de fundação, Ponte Aérea cantará Averekete no Carnaval Virtual 2022

No último dia 01/04/2022, o G.R.C.E.S.V. Ponte Aérea completou 15 anos de fundação e, dentre as comemorações da data, a escola divulgou a reformulação do seu pavilhão oficial e apresentou o enredo que levará para a disputa do título do Grupo Especial do Carnaval Virtual 2022. Apostando em uma temática africana, a agremiação presidida por Murilo Polato, e carnavalizada por Juanjo Caballero, buscará novos caminhos apresentando o enredo “Averekete – O encanto das águas salgadas com o reino dos céus”, de autoria de Lucas Guerra. Confira abaixo a sinopse do enredo: “AVEREKETE – O ENCANTO DAS ÁGUAS SALGADAS COM O REINO DOS CÉUS” Suprema é a força que emana de Avievodun, a energia inalcançável dos Jeje. Contam que em sua imensidão, é eterna a paz. Guardião do segredo de toda existência e inexistência. Principia o princípio, finda o findar. Fez nascer as energias Mawú e Lissá, a representação da Lua e do Sol, dando luz ao vazio, espalhando vida por onde tocassem. Brilho que toca a poeira do universo e reflete as viajantes estrelas. Juntas, as energias criadas por Avievodun formam a divindade dupla Dadá Segbô, o grande pai de toda criação. Fez-se a terra e a natureza, criou as energias de todo mundo, os voduns. Deu à eles as famílias da água e da terra, dos céus e dos astros, do fogo e ar. Formou-se um poderoso panteão. De origem jeje. E habitados pelos filhos de Dadá Segbô. As energias foram distribuídas, e a cada vodun foram atribuídas. O panteão foi consagrado e as famílias-voduns organizadas. Os dji-vodun formaram a família dos voduns do céu. Ao mar, to-vodun se tornarão. Na terra, os vodun ayi-vodun se consagrarão. Em cada uma delas, um vodun chefe, em cada chefe uma resposta ao pai da criação. O reino dos céus é terra do panteão do trovão. Vodun Sogbó é o grande raio que responde por todos os voduns Kavionos. O raio que risca os céus e a chuva que cai sobre as águas e a terra, o trovão que do alto ecoa e o sopro que varre os ares. Diante dos poderosos olhos de Sogbó está a verdade. Céus de luzes, cores e elementos. Vento que corre entre as nuvens, fogo que corta o ar. Energia que faz lava e água borbulhar, quentura que sobe das entranhas, chama que atiça o corpo, faz sangue ferver e se espalhar. Entre os mares e os céus, a ligação com aquilo que vai e o que vem. Elementos poderosos que se completam. Água que apaga fogo, fogo que evapora a água. Vapor aos céus faz a água chegar, chuva que manda água retornar. Estrelas...

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Conheça o enredo do GRCESV Ponte Aérea para o Carnaval 2018

PONTE AÉREA É por amor a essa pátria Brasil que a gente segue em fileira… Justificativa: A Ponte Aérea apresenta na avenida a questão histórica da terra no Brasil, resgatando as batalhas, os instrumentos de regulação e repressão que transformaram o bem natural em objeto de cobiça e propriedade. Mostrando as revoltas e movimentos populares, erguendo a bandeira das lutas do campo e reafirmando os princípios e valores do movimento dos trabalhadores sem terra. Semeia a bravura desse povo, embalando-se pela poesia dos hinos e marchas, sambas e enredos que fizeram ressoar as vozes sem terra. É preciso lutar pelo nosso chão, com a enxada na mão e a ternura no coração. Sinopse: Vem! Teçamos a nossa liberdade! Braços fortes que rasgam o chão. Sob a sombra da valentia, desfraldemos a nossa rebeldia. Plantemos nesta terra como irmãos!* Chão onde brota a vida, que sustenta a luta. Desde sempre em disputa entre nativo e o explorador. Chão que assistiu a sangria, o saque, a covardia com a natureza e com quem a cultivou. Terra dividida por português, loteada em Capitania para semear sua hegemonia e colonizar seu poder. Terra “concedida” em Sesmaria, para estimular o que se produzia e a riqueza florescer. Nêgo vai lavorar, lavorar, lavorar Nêgo vai lavorar, lavorar…** Rincão de índio virou também solo de negro, que povoava cativeiros e irrigava a plantação com a lágrima açoitada, valentia na enxada, mas a terra por eles semeada pra eles não poderia ser torrão. Nem do rendeiro, do posseiro que lutava contra o sesmeiro que lucrava e na Colônia era reconhecido. Cresceram disputas e os transtornos pra Coroa, que suspendeu as concessões e inaugurou uma nova era. “Mercado do chão”, “comércio de áreas”, surgem latifúndios. O solo agora é moeda regido por “Lei de terra”. Abolia-se a escravatura e os direitos, se forjava liberdade subjulgando ao burguês a flagelada negritude. Que não tinha terra, emprego ou dignidade, mas não lhe faltava vontade muito menos atitude de lutar por justiça e a construção de outra sociedade, ao lado de outros miseráveis que se espalhavam pelo país. Surgiram revoltas e a esperança reinava de novo. Canudos, Contextado, Porecatu e Formoso. Tantas guerrilhas movidas por gente diferente, mas com uma missão em mente: ter um chão pra subsistir. Foram oprimidas, reprimidas e combatidas, foram base para que, anos depois, as ligas camponesas pudessem existir. Só sai, sai, sai. Só sai reforma agrária com a aliança camponesa e operaria! A mobilização política ganhou corpo. Pastorais e comunistas, lavradores e operários. Com tantas vozes formando o coro, o sonho da reforma agrária apresentava outro cenário. Mas o golpe foi instalado e as conquistas...

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Samba Oficial 2017 – GRCESV Ponte Aérea
ago05

Samba Oficial 2017 – GRCESV Ponte Aérea

“Deus e o Diabo na Terra do Sol” Compositor: Imperial e Leandro Thomaz Interprete: Diego Nicolau   Da força de Deus… A fé Da fúria do cão… A fibra A terra do homem é Sem pecado e sem perdão Ponte Aérea canta o sertão! Prepare o seu coração Pros causos que eu vou contar Lá nos confins do sertão Sobe uma prece ao céu Brilha incandescente o fogaréu Rosa sem espinho faz chorar E o vaqueiro vai tentar alcançar a esperança Mas num repente tudo isso se perdeu Tão forte a seca que até o boi correu E o coronel que lançou tanta mentira Viu no sangue da justiça o poder de Emanuel O destino que restou… Ôôô  O beato e sua fé Que promete um mundo novo E arrasta todo povo… Que já veio ou que vier! E a crença cega que a todos alucina Vai gerando sacrifícios por Jesus e por Maria Quanta maldade para quem tanto sonhou Horizonte de descrença, outro rumo se riscou Geme o cangaço, geme o coração que um dia Brincou de amor, imaginou que poderia Mudar a sina dessa gente sertaneja Dessa alma que viceja… Toda paz do arrebol Chegou o dia do juízo, da peleja Entre a Morte e o Capeta vigiados pelo sol Corre lá… Corre lá… Devaneio que não morre…  O sertão vai virar...

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