Dragões Lendários apresenta sua sinopse para 2017
nov25

Dragões Lendários apresenta sua sinopse para 2017

Clara Nunes está de volta ao Carnaval Virtual, desta vez através da Dragões Lendários. A 7ª colocada do Grupo Especial traz, de Isac Ferreira e Marlene Martimiano, “Um Ser de Luz”. Confira a sinopse:   UM SER DE LUZ JUSTIFICATIVA Falar de Clara Nunes pode ser uma tarefa ingrata, seja no mundo real ou no carnaval virtual. Tanto já foi dito, cantado e declamado por tantos poetas e compositores de forma tão brilhante que é difícil não ser mais do mesmo. Mas mesmo assim a Dragões Lendários resolveu enfrentar o desafio e tentar cantar a história desta Guerreira da música brasileira. Não da chamada MPB, porque Clara transcendia rótulos, modas e categorias. Era completa no mais amplo sentido da palavra. Como ela mesmo dizia em suas entrevistas, ela cantava o povo brasileiro, suas raízes, sua cultura e seu jeito de ser. Talvez por isso, com sua voz que parecia mais o cantar de um pequeno Sabiá, se tornou o maior sucesso de vendas dentre as cantoras brasileiras e sempre esteve nos braços de toda uma Nação. Iremos sim fazer um desfile biográfico, no entanto, Clara contará sua própria história através de sua obra, com suas canções representando os momentos marcantes de sua vida até o dia em que ela nos deixou, tornando-se finalmente o Ser de Luz que até hoje ilumina o caminho de todos nós que temos alma e coração de sambistas…   SINOPSE Ah, a eterna luta do bem contra o mal, da luz e da escuridão em seu ciclo eterno. É nesse alvorecer que surgem pequenos pássaros que vem clarear as trevas com seu cantar, anunciando a chegada de pessoas tão especiais, e foi assim que nasceu essa criança que vem ao mundo embalada por Oxum. Os tecidos e ferros de engomar foram parte de sua infância e adolescência, seguindo a vida pelos confins de Minas. Um desafortunado caso de amor, faz nossa menina colocar o pé na estrada até a cidade grande. De trabalho em trabalho, de rádio em rádio, muita sola de sapato foi gasta e, mesmo perdida na estrada, chega até a capital da nação, onde a alvorada anuncia novos caminhos. Caminhos que levam até os morros e aos poetas que ali se encontram. E assim, como numa bela manhã de carnaval, sua voz de ouro começa a encantar toda uma nação. O samba cruza seu caminho para nunca mais deixar, o sangue negro se infiltra em suas veias e a faz cantar tanto as amarguras do povo, suas festas, suas crenças e seu amor por suas escolas de samba. Assim nasce seu amor maior, seu amor em azul e branco. O som dos surdos se tornam sons de atabaques, chamando os orixás para limparem essa filha de Ogum com Iansã de todos os males, que...

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Recanto do Beija-Flor mostra equipe e enredo para 2017
nov23

Recanto do Beija-Flor mostra equipe e enredo para 2017

A Recanto do Beija-Flor consolida sua equipe para o Carnaval Virtual 2017, além de apresentar o seu enredo para o próximo desfile. No departamento artístico, Eduardo Tannús (ex-Caboclinho Verde) se une a Andre Dubois e Alberto Lemos. Na área musical, entra Victor Nowosh (ex-Nenê do Brasil). O enredo para 2017 é uma provocação às convenções que se vêem nos livros de história do Brasil, e conecta a Polinésia e a mitologia Maori ao Brasil. Confira a justificativa e a sinopse.   DONA ROSA, NÃO FOI SEU SEU CABRAL QUEM DESCOBRIU O BRASIL DOIS MESES DEPOIS DO CARNAVAL! JUSTIFICATIVA O enredo da Recanto do Beija-Flor de 2017 já tem no seu título uma provocação. Não é uma provocação apenas ao carnaval da Imperatriz Leopoldinense do ano 2000 e sim à historiografia e aos livros de História. Nessas terras não descobertas pelos brancos, já tínhamos por aqui civilizações que merecem o protagonismo dos autóctones. É um enredo cheio de implicância. Implicância para com as convenções. Se a chegada do homem à América tem como teoria mais aceita a passagem dos homens pelo estreito de Bering, nós optamos pela menos convencional teoria da chegada dos maori polinésios, via Pacífico, à América do Sul. Esse povo do mar, andarilho, corajoso e heroico teria chegado aqui em suas canoas, pelo menos nove séculos antes de Jesus de Nazaré pregar na Galileia. Nossa narrativa é uma história que ultrapassa o tempo dos homens. Por isso mesmo não podemos contá-la sem a ajuda de seres atemporais. Por isso fomos buscar na antropologia, nos mitos e crenças dos maori polinésios suas compreensões sobre a criação do mundo por seus deuses. Os polinésios são bastante diferentes de nós no que concerne à sexualidade. Falar de sexo para os polinésios é como falar de comida, de amizade, de qualquer coisa cotidiana. Para eles, uma relação sexual não é pecado. Muito pelo contrário! O sexo é a salvação e a criação! Foi através de atos sexuais que seu casal de deuses criadores (Lono e Kila) criaram o mundo. Sete atos de amor, cada um referente a um dia da semana, criaram o mundo e tudo que nele há. Você pode estar se perguntando: essa história contada é verdade? Querido leitor, esqueça seus padrões de verdade e ciência! Nessa narrativa, adentramos no mundo dos mitos. Mitos, como lembra-nos o renomado antropólogo Levi Strauss, que existem para significar o mundo e tudo que nele há. Os mitos são como fontes para nossa existência. Eles forjam um universo de magia, leveza e beleza, assim como o carnaval. Eles invertem, subvertem, colorem e desbotam o mundo que chamamos de real. Numa Gênese de sensualidade...

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Caprichosos do Boa Vista já tem sinopse para 2017
nov20

Caprichosos do Boa Vista já tem sinopse para 2017

A Caprichosos do Boa Vista, vice-campeã do Grupo de Acesso em 2016, apresenta sua sinopse para o Carnaval Virtual 2017. O enredo segue a linha de enredos paulistas e paulistanos: a Arara Azul contará a história de Tebas, um escravo que conseguiu sua alforria por sua tremenda habilidade de construtor, sendo responsável por boa parte das construções altas da São Paulo do século XVIII. Conheça o enredo da Caprichosos do Boa Vista para sua estreia no Grupo Especial em 2017.   CONSTRUINDO UM SONHO DE LIBERDADE   Os navios negreiros traziam cada vez mais almas para o novo mundo para o seu suplício no novo mundo. Uma destas almas chegou ao Porto de Santos, no século XVIII, disposta a conquistar sua liberdade, uma alma que seria conhecida como Tebas. Escravo do célebre mestre de obras Bento de Oliveira Lima, aprendeu o ofício com seu mestre e senhor. Chegaram à pequena São Paulo do Paraitinga onde Tebas se torna conhecido por seus trabalhos em construções altas. Ele constrói a torre da primeira Catedral da Sé e executou a reforma do frontispício da mesma Catedral traduzindo toda a religiosidade que sentia para suas obras, numa época onde não existiam engenheiros de ofício e muito menos erudição nas construções paulistanas. Sua notoriedade lhe rendia 640 réis por dia, uma vez e meia o salário de um construtor branco, pois tinha concepção de trabalho avançada perto do conhecimento da época, o que lhe rendia bons trabalhos. Foram diversas obras de renome e beleza, inclusive hoje consideradas patrimônio histórico e artístico. A pequena cidade das obras de Tebas ganha destaque e para sua modernização, grandes obras são destinadas a Mestre Bento e seu escravo. A introdução do tijolo, fabricados numa Olaria de propriedade do Mosteiro do São Bento na Região de São Bernardo e São Caetano, permitiu que as construções ficassem cada vez mais altas. Sua imensurável capacidade e paixão pelo trabalho lhe rendeu sua liberdade, com o auxílio de seu então mestre Matheus Lourenço de Carvalho, que também lhe ajudou na oficialização de seu trabalho como pedreiro. Cada vez mais suas obras passaram a decorar a nova São Paulo, muitas delas como o primeiro sistema de distribuição de água da cidade, o Chafariz da Misericórdia. No Largo da Memória existe um obelisco até hoje que foi construído por nosso sagaz construtor. Sua última obra de grande impacto foi a reforma da fachada do Mosteiro de São Bento. Nosso improvável herói morre aos 90 anos, vítima de gangrena, não sem antes ter atingido a honraria de Juiz de Ofício, que poucos alcançaram e nenhum outro negro chegou jamais a ter, documento esse que está localizado no Museu Ultramarino em Lisboa. Depois de tanto construir seus edifícios altos, foi velado em uma de suas obras,...

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Rosa Vermelha anuncia seu enredo para o Carnaval Virtual 2017
nov19

Rosa Vermelha anuncia seu enredo para o Carnaval Virtual 2017

A Rosa Vermelha, 10ª colocada do Grupo Especial em 2016, também se adiantou e pôs no ar a sinopse para o Carnaval Virtual 2017. O enredo, assinado por Victor Farias, traz a força da mulher indígena, da tribo Tukano-Dessana. Confira a sinopse da Rosa Vermelha para 2017:   DEUSAS DA PELE DE FOGO   Né ñe enhõ marikã teropëre A’tiro de pokãti-mehatipã Né ñe enhõ marikã teropëre A’tiro de pokãti-mehatipã (Trecho de cântico sagrado típico da cultura Tukano-Dessana)   Vozes regougas entoavam uma derradeira cantiga milenar enquanto alaridos se ouviam na grande roda sob a cumeeira da Taba Dessana, a morada geral dos filhos da criação. A flauta sagrada ressoava e os velhos xamãs pendiam em transe profundo anunciando o início de uma viagem metafísica ao tempo da criação. Os olhos se fecham e a escuridão do nada primordial assombra a com a lôbrega visão da velha avó do mundo e seu cachimbo de ervas criando-se a partir do nada e para o nada; de sua boca nascem fios de fumaça que vão dar origem ao ser animista de si mesma, Yebá bëló. Em sua lisérgica forma mastiga Ipadu e gera o mundo escuro e frio, também gera os trovões primordiais que regem a imaterialidade junto a Ëmëko Sulãn Palãmim para a criação das camadas do universo e o sistema solar. Então Yebá bëló semeia a terra com sementes de seus seios e cria os seres com vida que descem serpenteando pelos galhos da grande árvore ancestral para dominar o fogo, as armas, as folhas sagradas e os adornos divinos povoando a terra e louvando o elemento primordial de tudo; a força da mulher e a essência feminina. Essência que se entrelaça nos mitos de mulheres que mimetizam-se na alma viva da natureza e trazem consigo a força vital da mata. O poder do sobrenatural lhes pertence, dominar o tempo, os elementos, os animais, folhas, bichos e a vida é a arte da força matriarcal que deixa o plano etéreo e encarna no corpo pintado de vermelho forte como fogo. Força que se enraíza no coração e na alma de cada mulher, de cada filha da terra que luta e que se mantêm altiva nas intempéries da selva. Mulheres que sempre foram o ventre que germina a semente de novas gerações e o seio que alimenta o futuro da tribo, a jovem, a guerreira ou anciã que carrega o fardo das almas do mundo; todas mulheres eternizadas na memória dos velhos que contam ao redor da fogueira o poder das verdadeiras deusas em pele cor de urucum. As marcas da história também se registram nas margens dos rios quando o kariwa empunhando cruzes e espadas, exalando podridão e rum vociferavam rezas cristãs trazendo...

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Império do Progresso lança sinopse para o Carnaval Virtual 2017
nov16

Império do Progresso lança sinopse para o Carnaval Virtual 2017

A Império do Progresso, vice-campeã do Grupo Especial do Carnaval Virtual 2016, arregaça as mangas e lança logo e sinopse para seu carnaval 2017. O enredo, de autoria de Diego Araújo (enredista de escolas em diversas cidades brasileiras), celebra o Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, escrito em 1928.   Sob o título “Mito, Arte e Cultura de Alma Devoradora”, a Progresso fará uma viagem bem humorada, sob uma perspectiva muito inusitada. A agremiação renovou sua equipe para 2017, com Raphael Soares (carnavalesco em Florianópolis) a cargo dos desenhos e Thatiane Carvalho (intérprete mirim no Rio de Janeiro) à frente do seu microfone. Conheça aqui o enredo 2017 da Império do Progresso (texto de responsabilidade da agremiação)   MITO, ARTE E CULTURA DE ALMA DEVORADORA Justificativa “[…]Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval […]” Oswald de Andrade Desde os tempos do deus do trovão, onde todo mundo nasceu nu. Sem pecado, com cocar de pena, urucum e pele morena. Preguiça e antropofagia. Gente que come gente. Ora, pois! Credo em cruz! Devoradores!E foi assim que nasceu a pátria-mãe gentil. Devorando e sendo devorada. Pindorama. Vera-Cruz. Santa Cruz. Ibirapitanga. Brasil. Em 2017, o Império do Progresso fará do seu Carnaval um rito de devoração. Celebraremos na Passarela Virtual os 89 anos do “Manifesto Antropofágico” escrito por Oswald de Andrade em 1928, e que tinha como proposta de repensar a dependência cultural do nosso país. Em essência, esse é um painel carnavalesco que será colorido pelos tons mais pulsantes de brasilidade. É um manifesto de alerta para que se devorem todas as coisas, claro, sem esquecer de nossas raízes. Somos tupinambás. Modernistas. Povo. Somos mito, arte e cultura. Calidoscópio cultural. Estandarte do sanatório. A loucura que permite criar. Escola que devora cultura e faz samba. Pandeiro e tradição. Tamborim e modernidade. Temos alma devoradora! Essa é a questão!   Sinopse Essa estória começa assim, Se é verdade? Não se prenda aos fatos, Este delírio navega por águas de calmaria… Buscando os fascínios descritos pelo destemido aventureiro que deixou um “marco” na história do velho mundo, no balanço do oceano, Colombo – mais recusado que cartão de crédito -navegou. Lá se foram. Niña, a virginal. Pinta, a pintosa. Todas “caravelando” com Maria, a santa. Singrando o atlântico, partiram, querendo as gostosuras das Índias. O anseio do leva e traz tinha lá seus motivos, Niña queria pôr na receita mais tempero, Pinta, conhecer o bicho – ou bicha, né- da seda, Maria, tomar um banho de cheiro, Afinal, todas estavam de olho na butique dela… E tudo que encontraram foi o exotismo de um novo mundo. De uma natureza colorida – mas, discreta, não...

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