Conheça o enredo do GRESV Imperatriz Itaocarense para o Carnaval 2018
IMPERATRIZ ITAOCARENSE O REINO DOS DOIS IRMÃOS Lavrou, na terra, as gotas de lamento negro. Derramaram, em lágrimas, as contas adivinhatórias, no chão batido do novo mundo, afrobrasilis, de lá pra cá, um mundo novo, prece em sol com sentido nascente – é, sempre, avermelhada, da cor D’ África. Leu, nos búzios, a resposta de dois irmãos, que não de sangue, mas de alma e intenção. Entoou, então, o guardião do futuro, presente e passado, Exu, que o mundo estava doente. Chorou Olorun, por ver sua criação devastada. Não era esse o plano! Por onde, no caminho, erramos? Arrependido do sopro de vida aos humanos nos daria uma última chance de salvação, o reino dos dois irmãos, Guiã e Ogum. Ergueu dois tronos no céu, em mesmo patamar. Convocou os orixás para a anunciação. Ordenou: complacência. Implorou: condescendência. Uniram as duas cabeças em uma. Coroou, então, Ogun e Guiã como os reis da Terra. E desde então… Reinam pela paz, mas também pela correção do mal. Lutam pelos desvalidos. Curam os doentes – de corpo, mas também os da alma. Plantam inhame, alimentando todos os que necessitam. Protegem o mar, pois é assim que a vida se equilibra e se navega, devagar… Ensinam que a Terra é uma só e pertence a quem quiser habitá-la. Punem, exemplarmente, aqueles que discriminam o outro por qualquer motivo. Regem, então, um planeta que se… Fará perfeito, no plano do Ogun. Será branco, trazendo harmonia de Oxaguian entre os povos. Tingirá a terra de azul, cobrindo o planeta com a aura guerreira de Ogun. Forjará em armas, mas que sejam usadas para a paz, e não pela guerra. Brilhará cintilante, derrubando as fronteiras das diferenças. Salvará sua existência através da pureza das crianças e da educação. Lá vem um mundo novo… E ele é branco e azul… Avante Itaocara! Avante Imperatriz! Que a nossa coroa reluza o brilho das cores do teu manto e encante ao mundo com a força, coragem e poder dos reis do branco e do azul. Ogunhê!, Epi Epi Bàbá! Thiago Lepletier e Vinicius...
Conheça o enredo do GRESV Estrela Guia para o Carnaval 2018
ESTRELA GUIA O REI DA PRAIA Introdução. Mergulharemos nos mares do passado para mostrar como o banho de mar passou de apenas recomendação médica para ser o mais apreciado lazer do carioca. Parece estranho mas o hábito de ir a praia para se divertir tem apenas um pouco mais de 100 anos, antes, o mar era desprezado, é bom lembrar que o mar sempre foi visto como ambiente de mistérios e que as viagens marítimas, longas e cheias de percalços afastavam qualquer ideia de bem estar. Somente entre s séculos 18 e 19 os banhos nas águas marítimas frias e salgadas passou a ser recomendado para curar males do corpo, dizem que curava até loucura. Aqui no Rio de janeiro, durante todo o período colonial as areias das praias do centro da cidade foram usadas como lixões, depósitos de excrementos não muito cheirosos e até como cemitério de escravos. O cenário muda com a chegada da corte de Dom João VI, depois de uma infecção da perna causada por uma mordida de carrapato na perna, o monarca seguiu os conselhos médicos para se tratar nas águas salgadas da então ainda límpida Baia da Guanabara, mas como o rei tinha medo de caranguejos, ele foi colocado dentro de uma espécie de barril com apenas um furo para a água entrar e molhar suas pernas. Em pouco tempo a corte incorporou o novo hábito trazido da velha Europa e a praia do caju virou o primeiro balneário carioca. No início do século XX com as reformas urbanas propostas pelo prefeito Pereira Passos as antigas praias do centro são aterradas e o caminho dos novos bondes elétricos se abre rumo às limpas praias da Zona Sul. A prática de esportes se torna mais frequente entre os cidadãos cariocas e o sucesso das regatas levam o povo a se divertir a beira mar. São tontas novidades nesse período que o carnaval também aproveita a “nova onda” e cai no mar em deliciosos banhos de mar a fantasia. A partir dessa novidade , as roupas praianas vão diminuindo cada vez mais deixando o corpo a mostra. Ir a praia agora não é só mais saudável, mas sinônimo de beleza, as praias viram inspirações para canções e o principal cartão postal do Rio de Janeiro. Partindo da história do Rei Dom João VI, nosso enredo é dividido em quatro partes, ou melhor, quatro reis, para ilustrar as passagens de tempo. Os 4 “Reis da Praia” Rei I – O urubu, rei das praias no período colonial. Se fartava em deliciosos banquetes dos restos e da sujeira que nas areias deixavam. Rei II...
Conheça o enredo do GRESV Arautos do Cerrado para o Carnaval 2018
ARAUTOS DO CERRADO Arautos festeja o ano inteiro os folguedos do folclore brasileiro A Arautos do Cerrado Pede passagem de novo Para contar com alegria De uma herança de seu povo Os folguedos populares E suas incríveis festanças São riquezas do folclore, Com encenação, canto e dança. Tantas manifestações Não há quem nunca viu Tem folguedo por todo lado Nos quatro cantos do Brasil. Nossa onça vem lembrar Que não basta rezar pro Santo Tem que também celebrar Com festa, música e canto Pedimos a bênção E seguimos nosso cortejo Pedindo ajuda pro santo Faz-se melhor o festejo Aliando, cheio de graça, Festas e religião A Arautos segue viagem Com o cristão em devoção Tem “Chegança”, “Pastoril” Contemplando o Divino “Fandango” e “Marujada” São folguedos Natalinos Corpus Christi, “Cavalhada” É a festança da vez E no início do ano Tem a “Folia de Reis” Seguimos no mesmo pique Para outros forrobodós Folguedos de origem indígena O aclamado “Caiapó” De origem africana Pelas ruas também se vê “Congada”, “Taieira”, “Ticumbi”, “Maculelê” De influência afro-indígena Tem esses e muito mais O famoso “Maracatu” Faz a alegria nos carnavais A Arautos não se cansa E agora conta como foi Que se encontraram numa dança A nossa onça com o boi Em meio a tantos festejos O boi chama muito a atenção “Bumba-meu-boi” é folguedo Lá pras bandas do Maranhão O povo de Parintins Também tem bois conhecidos O famoso “boi-bumbá” Do Caprichoso e do Garantido E do começo até o fim Arautos brinca o carnaval Traz o folclore brasileiro Pro desfile virtual Esse enredo, minha gente, É de festa e celebração Exaltar a cultura Nossa escola faz questão Carnavalescos: Fábio Granville, Robert Mori e Danilo Guerra...
Conheça o enredo do ESV Unidos de Franco da Rocha para o Carnaval 2018
UNIDOS DE FRANCO DA ROCHA Portela, O Esplendor da Águia Guerreira no Carnaval “Portela eu nunca vi coisa mais bela, Quando ela pisa a passarela….” Esse trecho da música Portela na Avenida, cantada pela nossa imortal Clara Nunes, a Guerreira, que era apaixonada por esse pavilhão de manto Azul e Branco e que fica localizada em Madureira, diz como é assistir o desfile da Majestade do Samba na passarela hoje da Marques de Sapucaí e anos atrás nas Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco. Quando fundada oficialmente como bloco carnavalesco, sua localização ficava no bairro vizinho de Oswaldo Cruz. As cores azul e branco foram dadas por Antônio Caetano, que era um desenhista da Marinha e que foi um dos fundadores da escola. Foram em referência às cores do manto de Nossa Senhora da Conceição, que é a padroeira da escola. São Sebastião também é padroeiro da Portela. O símbolo da agremiação é a Águia e a ave também foi escolhida por Antônio Caetano, por se parecer com um Condor, por sua imponência e por voar bem alto. Todos anos se cria uma expectativa muito grande de como virá a Águia no desfile da Portela. Portela, que em seus 94 anos de fundação, é a maior campeã do Carnaval Carioca, com 22 títulos, apesar de ter ficado três décadas sem conquistar um campeonato. Quantos desfiles marcaram a trajetória da Águia Guerreira? Muitos e com certeza perderemos as contas se fomos contar ou tentar lembrar. Citaremos alguns: – Terra da Vida (Ilu Ayê), em 1972, ano que ficou em 3º lugar e que também foi cantada por Clara Nunes. Um clássico de samba – enredo! “Ilu Ayê, Ilu Ayê, Odara Negro cantava na nação nagô Depois chorou lamentos de senzala Tão longe estava de sua Ilu Ayê…” – Contos de Areia, de 1984, ano em que se finalizaram as obras da Marquês de Sapucaí e a Portela ganhou seu 21º título e no famoso “supercampeonato” que disputou com a Mangueira acabou em 2º lugar. Samba que entrou para a história da Azul e Branco de Madureira! “Okê-okê Oxóssi Faz nossa gente sambar Okê-okê, Natal Portela é canto no ar…” No mesmo bairro a Portela tem como vizinha a Império Serrano, a Coroa Imperial que possui 70 anos de existência e 9 títulos do Grupo Especial e possui em seu pavilhão as cores Verde e Branco. Não podemos deixar de falar do Paulo Benjamin de Oliveira, o “Paulo da Portela”, que junto com Antônio Rufino fundaram na época, em 1923, como bloco carnavalesco Conjunto Oswaldo Cruz, trocou de nome depois disso para Quem Nos Faz É O Capricho e Vai Como...
Conheça o enredo da Sociedade Águia Real para o Carnaval 2018
SOCIEDADE ÁGUIA REAL “Baroque Brasiliensis” – Uma história esculpida em ouro. SINOPSE Sou a luz e a sombra, o dourado e o ocre, o detalhe, o exagero, o sacro. Cresci num intenso momento de crise. Crise econômica, de fé, de identidade… Arte das contradições, das tensões e disputas, das oposições e incertezas. Viajar é preciso… Atravessei o mar, saí de meu continente natal para “dar alma” aos “sem alma”. Um oceano de sonhos dourados, onde o futuro traria novas oportunidades. Cheguei ao Brasil através de jesuítas e aqui encontrei território favorável. Catequizei os nativos dessa terra, através de meu esplendor artístico. Ensinei, inspirei, ilustrei a devoção, dei ritmo a literatura e som a fé. Construí monumentos, decorei ruas, esculpi as divindades, encenei os dogmas. Me misturei com a cultura nativa e no Novo Mundo me transformei. Já não me sinto mais europeu, fui remodelado, recriado, reinventado. Esse povo me viu de forma diferente, moldei a cultura cristã dessa terra. Mas, sem perder minha intensidade e dramaticidade. E segui os caminhos das Minas Gerais… Minha terra de sonhos dourados. O ciclo do ouro me valorizou ainda mais, me tornei mais imponente. Fui elevado com o sangue e suor de negros explorados nas minas de ouro. Alimentei a economia de várias cidades mineiras. Enfeitei-as através das artes de um grande gênio dessa terra. Alguém que me dignificou como jamais nenhum outro. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. E o carnaval? Ah,o carnaval… Meu palco agora é o Rio de Janeiro, da Rio Branco à Marquês de Sapucaí. Moldado no templo das “Belas Artes”, refinado e devolvido ao povão. Fui esculpido e refinado por um grande mestre, um “Ar lindo” de criatividade. E consagrado por uma monumental professora que espalha perfume de “Rosa”. Quem sou eu? Baroque Brasiliensis… mas, pode me chamar de...