10ª colocada do grupo na edição passada, o GRESV Estrela Dalva apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo Especial, na edição comemorativa dos 10 anos do Carnaval Virtual.
De autoria de Pedro Ribeiro, a agremiação irá defender, em 2025, o enredo “IMORTALIDADE”.
Confira abaixa sinopse oficial:
IMORTALIDADE
Mortais! É isso que somos. A única certeza que temos nesta vida é a de que seremos consumidos pelo inexorável tempo, o infalível ciclo da existência, meros corpos finalizando nossa estadia terrena devorados pela decomposição. E a consciência, a experiência, a memória, se esvaem também? E se pudéssemos prolongar um pouco mais a nossa jornada por aqui, subverter as leis naturais para termos novas chances, novas oportunidades?
Surge a incessante busca da espécie humana pela vida longa, pela imortalidade. A tão sonhada oportunidade de viver para sempre, imitando deuses ao consumir a ambrosia. Tentou com fórmulas e experimentos alquímicos no afã de encontrar a pedra filosofal, aquela que transmuta metais em ouro e pode também prolongar a vida. Buscou a fonte da juventude, o elixir da vida longa, o cálice divino, qualquer substância mágica que aumentasse o tempo nesse planeta.
Lutou contra os oxidantes, fez cirurgias plásticas, inventou substâncias para rejuvenescer e aumentar a expectativa de vida. Como as antigas múmias, sugeriu a criogenia – imagina, se congelar e acordar em um futuro, digamos, melhor? E, se o corpo morrer, mas a mente continuar circulando por microchips e nuvens de dados? Quando alcançaremos a singularidade?
Em outros planos, a alma poderia viver para sempre, como creem diversas religiões. Inclusive, retornaria para o plano terreno em outra carne, como prova pela constante evolução. Os feitos de um ser humano também podem se perpetuar e serem para sempre lembrados: glórias e derrotas, governos e revoluções. Até as obras de arte, exibidas em museus e galerias, imortalizam seus autores e autoras. Não são os acadêmicos chamados de imortais com seus fardões? Como estrelas em uma calçada da fama, mantêm-se em evidência em um mundo onde é fácil ser esquecido.
E, por falar em amor, a saudade é uma forma de imortalizar alguém que aqui nos despertou sentimentos especiais. Erguem-se palácios para um amor que nunca morre, surgem inspirações para poesias e canções. Depois que nos deixam, viram estrelas no firmamento, onde, para sempre, brilham, deixando seu legado para os que aqui teimam em permanecer. Afinal, como diz Adélia Prado, “o que a memória ama, fica eterno”.
Valeu, valeu, valeu, Luizinho Andanças!