Mocidade Encantada apresenta enredo para o Carnaval Virtual 2025

Estreante no Carnaval Virtual, a SRESV Mocidade Encantada apresentou o enredo que levará para a disputa do Grupo de Acesso II na edição comemorativa dos 10 anos do Carnaval Virtual.

De autoria de Ewerton Domingos, a agremiação irá defender, em 2025, o enredo “Uma Folia no Céu”.

Confira abaixa sinopse oficial:

Uma Folia no Céu

1° Setor – A convocação divina 

Lá no alto, entre estrelas e constelações, os portões do infinito se abriram para uma missão celestial: construir o maior desfile que o céu já viu! Deus, num rompante de inspiração, decidiu que o firmamento precisava de mais cor, mais brilho e mais alegria. 

Deus chama seus arcanjos, querubins e serafins e decreta: “Quero um Carnaval! Mas não um Carnaval qualquer, quero um espetáculo divino comandado pelos maiores mestres que já pisaram no maior espetáculo da terra!” 

– Gabriel, vá de pressa,  chame os melhores carnavalescos da terra e tragam até aqui! 

Prontamente Gabriel, conhecido por ser o anjo mensageiro, vai até ao salão de descanso eterno e anuncia:  

– O criador deseja que todos vocês compareçam na presença dele imediatamente.  E os levam até o criador. 

O portão celestial se abre e logo mostra uma grandiosa sala celestial, com um trono marmorizado em branco, arquiteturas em adornos dourados e um exército de anjos aposto para uma missão.
O eco dos passos invade a sala do trono, lá estão Joãozinho Trinta, Rosa Magalhães, Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Fernando Pinto, Oswaldo Jardim, Viriato Ferreira, Max Lopes e Márcia Lages; A mais ilustre comissão carnavalesca que já cruzou os umbrais da eternidade. 

Logo oficial do enredo

Deus, com seu cedro reluzente, dá as boas-vindas e lança o desafio: 

“Quero um céu festivo, colorido e brilhante! Façam-me um Carnaval divino, que até as estrelas desejam desfilar!” 

Anjos, arcanjos e querubins, antes austeros e serenos, começam a se agitar, batendo as asas como quem se prepara para uma grande missão. Sim, estão todos convocados para o grande carnaval celestial! O branco ganha novas nuances, e no salão sagrado, a folia já dá os primeiros passos.

2° Setor – Os mestres contadores de história

Quando Joãozinho Trinta sobe ao palco celestial, o céu não é mais o mesmo. Ele, que ensinou que pobre gosta de luxo e que o bom gosto não tem limites, convoca Rosa Magalhães e Fernando Pamplona para uma viagem de volta às raízes. 

Rosa Magalhães, responsável pela propagação de grandes histórias da humanidade, agora é responsável por escrever um enredo para eternidade. Para a professora, isso é uma tarefa em que ela executa com os pés na nuca. Mestre Pamplona se junta a esses grandes, com sua sabedoria que transforma qualquer marasmo em festa. 

Entre as nuvens, ecoam os batuques ancestrais. O céu se enfeita com os traços africanos, o dourado das coroas dos reis negros, os tambores que ressoam como trovões. Joãozinho convida Laíla para comandar essa festa. Juntos comandam um cortejo onde os santos dançam, e Rosa, com sua poesia refinada, traz a história viva dos carnavais que exaltaram o povo preto. Pamplona, visionário, ergue a bandeira da cultura preta, e a cada pincelada, um novo orixá dança na imensidão do azul celeste. 
Um coro de trovões anuncia: a alma do Carnaval está viva! 

3° Setor – O carnaval é tropical feito um pindorama brasileiro

Se Deus é brasileiro, então o céu só pode ser o Pindorama! Quem melhor para assumir essa ala do desfile do que Fernando Pinto, Oswaldo Jardim e Márcia Lages? 

Fernando Pinto, irreverente, se junta a Oswaldo pinto e diz: 
-Essa festa é brasileira, e de lá virá nossa inspiração.   

E assim, começam a modelar no céu um grande paraíso tropical, com floresta e animais de todas as espécies, que foram convocados para abrilhantar esse carnaval.  

Fernando evoca toda a irreverência do tropicalismo e até convida Carmem Miranda para desfilar. Aos olhos de Pinto, um carnaval sem as nuances de um Brasil, é triste. 

Oswaldo faz questão de trazer o protagonismo dos povos originários, afinal eles sempre foram os Donos da terra. Oswaldo cria um jardim para embalar o amor de Guaraci e Jaci. 

Márcia, com seu olhar delicado e arrojado, recria tudo como uma explosão de cores tropicais.  Ela capta toda energia, numa visão poética, une o amor de Guaraci e Jaci e vê nascer as cores de um entardecer. Ela capta os rastros do cometa e dá lugar aos neons e emprega até nas estrelas uma exuberância em cores. 

Deus gosta de tudo que vê e grita: 
-Aqui no céu, até os anjos vão ter samba no pé!

4° Setor – Aos mestres, o requinte.

Eis que chegam os senhores do requinte, os verdadeiros mestres do luxo e do esplendor! Viriato Ferreira, Max Lopes e Arlindo Rodrigues assumem a missão de transformar o céu em um império de sofisticação. 

Max Lopes, o mago das cores, não perde tempo, com um pincel extrai do arco-íris as mais lindas combinações de cores. É dele a missão de colorir o céu para esse grande festejo. O mago enche as nuvens de cores e faz os raios de sol refletirem como pedrarias preciosas.  

Com uma divina elegância, chega o mestre Viriato, costurando penas de pavão nos querubins e transformando os arcanjos em esculturas barrocas. Num afago de saudade, faz esplendores com as maravilhas do mar. Podem até perguntar: O que é que a banana tem? Aqui elas responderão, temos o requinte do mestre Viriato. 

Completando o trio, mestre Arlindo, engrandece tudo com seu olhar, faz brotar palácios de cristais em meio às nuvens, fantasias rendadas e cintilante como a lua. Chegam Chico Rei e Xica da Silva, segurando na barra da saia, pronta para dar nas cadeiras. Eis que num toque mágico se constroi uma corte celestial, isso é a “Festa do Divino”. 

Deus, observando a cena, sorri satisfeito pois o paraíso nunca foi tão esplêndido!  

5° Setor – O grande cortejo celestial, uma folia eterna.

A festa está pronta! O céu se abre para o grande desfile da eternidade. O azul do infinito se cobre de serpentinas coloridas e prateadas, e os anjos, outrora serenos, se transformam em arlequins, pierrôs e colombinas. 

E assim, sob os clarins da eternidade, um verdadeiro cortejo divino foi formado. O que era para ser apenas um bailado angelical virou um alvoroço de plumas e lantejoulas. Do outro lado do véu da vida, atendendo ao chamado da imortalidade, surgem eles: os carnavalescos dos sonhos, aqueles que ensinaram o mundo a brincar, a refletir e a se encantar. Todos se agitam, pois o céu vai entrar em festa! 

As estrelas piscam como refletores da passarela, e abrindo o cortejo, o próprio Deus, envolto em uma fantasia deslumbrante, ergue o estandarte e anuncia: 

-“Abre-alas que eu quero passar!” 

Uma grande embarcação toma conta da avenida com chão formado por nuvens, no alto dela os responsáveis pelos mais emocionantes desfiles da Sapucaí, capitão Mário Monteiro e comandante Mário Borriello. Envoltos dessa embarcação, os brincantes formam um grande cordão que se intitulam a “Anjarada desvairada” e gritam:

– “É um grande Ita no Céu!”

O cortejo segue em delírio! Os carnavalescos, agora imortais no coração do samba, desfilam ao lado de seus sonhos realizados. O céu canta, os tambores ecoam, e o silêncio se torna euforia e alegria. 

Quando a arte se eterniza, o Carnaval nunca morre… Ele apenas muda de endereço! 

Lá do alto, entre brilhos e saudades, eles olham para a Terra e sussurram para aqueles que ainda desfilam: 

-“O Carnaval nunca morre… Ele apenas muda de lugar!” 

E assim, entre confetes estelares e um mar de aplausos celestes, o maior espetáculo celestial da história acontece. Porque enquanto houver folia, o céu sempre será Carnaval! 

 

Author: Lucas Guerra

Share This Post On