Peixe Vagabundo chega ao Carnaval Virtual em 2022 com o enredo ‘Céu de Pipa’
maio20

Peixe Vagabundo chega ao Carnaval Virtual em 2022 com o enredo ‘Céu de Pipa’

Chegando no Carnaval Virtual em 2022, o GRES Peixe Vagabundo entra na disputa do Grupo de Acesso 2 com o enredo Céu de Pipa. A vermelho e branco de Anchieta, bairro da zona norte carioca, pretende assim, disputar o título de campeã de seu grupo. Confira a sinopse da escola: A lua ilumina a viela Quase que pro sol Vai passando o seu bastão E cá embaixo Eu fico pensando nela Como deve ser Flutuar pelo universo E ser próxima da minha favela? A pergunta que ninguém vai saber responder Pois os raios mais quentes Já botam o asfalto pra ferver É só mais um dia na quebrada O despertador bateu às 5 A vida no beco já tá movimentada O vai e vem de sonhos De luta, de resistência A barriga ronca De fome de conquistas Não mais alto que a envenenada Do moto-taxista Levando gente lá pra baixo Pra ganhar seu din Fazer a vida da mãe preta Menos infeliz As crianças brincam no seu mundo Entre meios-fios Entre vagabundos O mais desavisado pode até achar Que todo desocupado Lá do morro merece ser chamado De vagabundo também Vagabundo deveria ser Quem obriga o favelado A pular o muro da linha do trem O custo de vida nas alturas Mas lá no morro O sonho do pobre é ter mesa com fartura Mente vazia não para em pé O sol queima a mufa De quem anda sem boné Na laje do meu tio Vai rolar mais uma nice Churrascada para comemorar A vida que vem vindo Vem depressa, todo mundo sorrindo Mais uma criança E eu vou ser o dindo Não há nada que possa me abalar Nem cliente reclamando Do atraso do seu rango Fazer o que? Bicicleta não tem motor E a quilometragem Não aumenta a gorjeta De quem é entregador Uma pausa pra comemorar Meu time venceu O vizinho eu quero zoar Chamar de freguês E poder falar que é meu maior prazer Vê-lo brilhar Se alguém me perguntar Se eu sou feliz Mostro meu lugar Meu mercado, o bar da esquina A venda do Seu Luiz Que tem de tudo De prego à roteador Não preciso descer o morro Pra comprar celular Nem pra encomendar O bolo de aniversário Do meu amor O aplicativo travou Hora de voltar pra casa Subir a ladeira da graça No caminho, um podrão Mais que especial Hoje é dia de fazer O pedido matrimonial Espero que ela goste Que aceite sem pensar Vou subir nosso barraco No quintal da minha tia Diná Sabe como é, a vida pode ser bela Não precisa ter reboco Mas seria legal se...

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‘Em 2022 a Belas Artes é afro! É quente! É guerreira!’, diz sua sinopse
maio20

‘Em 2022 a Belas Artes é afro! É quente! É guerreira!’, diz sua sinopse

A escola de Curitiba, capital paranaense, a Belas Artes, levará o enredo Histórias negras separadas pelo atlântico sul. A escola presidida por Igor César Cine disputará o Grupo de Acesso 2, e trazendo um novo pavilhão para o ano de 2022. Confira abaixo: Leia também a sinopse da agremiação: No velho mundo Um fabuloso império desponta E em plena savana se encontra Com uma África majestosa, guiada por um Rei Um reino de riqueza e adoração, Amor e união De povo guerreiro, Valente e justiceiro, Que luta pela sua comunidade Por paz e igualdade Lealdade é o seu ideal Dos Congos aos Males Na busca por dignidade, afinal. Abaixo da linha do equador As mesmas águas que separam, A África e Novo Mundo, Fazem encontrar destinos na História Em seu curso em desatino No porto é um negro sonho a ser embarcado Os olhos refletem a imensidão azul Horizonte incerto do Atlântico Sul Sobre mar de Yemanjá Sobre mar de Olokun Novas terras a povoar, E vinha povo de todo lugar… Benguela, Costa da Mina, Benin… É a nação Banto É a nação Yorubá E ao deixar o tumbeiro para aportar Nestas terras de alma e solo férteis Sua cultura plantou, Semente de forte valor Na sua lavoura lágrimas, sorriso Amor Aqui foi açoitado, mas negro é filho de Zambi Um Zumbi da cor Que na Serra da Barriga lutou Fez Quilombo, fez Império Contra branca opressão Palmares resiste em flor E pelas terras de São Luís do Maranhão Na Casa das Minas, rainha Agotime Do seu povo Nagô Rebatizada de Maria Também é Mineira Do vodum é Naê E pela Bahia, neto de Aláàfim Abiodun Herdeiro de Oyo, “Salvador” do povo Dom Obá II Letras e versos islâmicos Para escrever um destino novo Nos caminhos deste Brasil, O meu canto ecoa no Rio Um escravo vira Rei, Ignácio Gonçalves Monte, Rei dos Mahi destas terras daqui Nas encostas dos Dois Irmãos, Estava Seixas, português e branco de corpo, Mas negro de coração Camélias para a Princesa na libertação A pena de ouro da abolição E voltaram para terra negra em Ajudá O povo de luta, o Agudá É povo unido, codinome brasileiro O destino separado foi unido pela Belas Artes. Confira a defesa da escola: O Novo Mundo foi o nome dado pelos europeus na época da descoberta da América, por ser um continente novo para todos. O velho mundo seria no caso o que eles já conheciam: Europa, Ásia e, principalmente, o fio condutor do nosso enredo, a ÁFRICA. Na Idade Moderna, sobretudo a partir da descoberta da América, houve um florescimento da escravidão. Desenvolvendo-se então um cruel e...

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Yabás, mães, mulheres: A majestade feminina é o enredo da Coruja Negra para 2022
maio20

Yabás, mães, mulheres: A majestade feminina é o enredo da Coruja Negra para 2022

Escola de Praia Grande, litoral paulistano, a recém ascendida ao Grupo de Acesso 1, Coruja Negra trará para a passarela virtual em 2022 o enredo Yabás, mães, mulheres: A majestade feminina de autoria de Thiago Braga. Confira a sinopse da agremiação: O Espírito sobre a carne. Um dia, quando o mundo era jovem e não conhecia o bem ou o mal, o Orum abriu-se em contemplação. De lá vinham, como que já senhoras daquele ventre novo do Aye. Vieram como numa revoada, todas as duzentas e uma, cada qual com seu poderoso pássaro. Senhoras do eié, donas do eié, mulheres-eleié. Porque as Iá Mi foram as primeiras mães, raízes primordiais, segredos do mal e do bem. Tão poderoso e destruidor quanto o axé é construtor e positivo, foram os seus feitiços. Vida e morte, impiedosas e anciãs. Quando desceram, voaram pelas árvores. Sete foram suas moradas, sete árvores tocadas pelo seu poder. A cada moradia, um novo poder elas descobriram. E enquanto puderam, exerceram o seu poder de modo terrível e primevo. Então Exu auxiliou Orunmilá, e este descobriu os seus segredos. E o mundo se equilibrou. Mas ainda hoje, ainda há a memória dos seus poderes, que foram forçadas a compartilhar. Ainda hoje permanece a memória do amor de Odu por Orunmilá, e os motivos pelo qual concedeu-lhe o seu pano de Egum, cedendo-lhe o domínio e parte do seu poder. Porque ela sabia que na Terra, as mulheres tinham poder demais. Todos viriam ao mundo através delas, e o segredo da gestação nunca lhes seria roubado, mesmo que ela reconhecesse a astúcia e a inteligência de Orunmilá. “As Iá Mi Oxorongá são nossas mães primeiras, raízes primordiais da estirpe humana, são feiticeiras. São velhas mães-feiticeiras as nossas mães ancestrais. As Iá Mi são o princípio de tudo, do bem e do mal. São vida e morte ao mesmo tempo, são feiticeiras. São as temidas ajés (…)” Também entre os demais orixás, há latente o grande poder feminino. É tão grande é a sua força, que pelas mãos da velha Nanã surge o homem, moldado por Oxalá de sua lama. Apenas Nanã Buruquê soube cavar no fundo o lago pela argila, porque apenas ela sabe os segredos da criação e da destruição do corpo. Para ela retornaremos, mitigados de nós mesmos para desaguar na nova existência. Ela, que é a anciã feiticeira e conhecedora das poções mágicas, é capaz de fazer dormir Oxalufã. Ela, que rivalizou com Ogum e aboliu o metal, soberana que não pede licença a ninguém. Ela, que põe medo nos homens e premia as mulheres. Senhora Buruquê, que mata sem faca. Mãe de Iansã, Omolu e...

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Conheça o enredo da Serpente de Ouro para o Carnaval Virtual 2022
mar10

Conheça o enredo da Serpente de Ouro para o Carnaval Virtual 2022

A vermelho, branco e amarelo ouro de Tanabi, interior de São Paulo, chega ao Grupo de Acesso 1 apresentando o enredo O Puro Voodoo: De Benin a Nova Orleans, No Haiti, à revolução negra, de autoria do texto de sinopse Murilo Polato, e como pesquisador e carnavalesco, Lucas Carneiro. A escola paulista é presidida por Antônio Gabriel Rodrigues Nilo. A escola apresentará mais a frente a sinopse, e alerta aos compositores as regras de seu concurso de samba-enredo: Os compositores devem enviar os refrões em negrito Enviar o áudio do samba com no mínimo uma passada de samba completa Os compositores terão 3 sambas referências para sua inspiração, mas podem apresentar seus sambas conforme sua liberdade poética. Os 3 sambas referências são: Império de Casa Verde 2003, União da Ilha do Governador 1998 e União da Ilha da Magia 2016 Os compositores devem usar pelo menos sete das palavras marcadas em negrito na sinopse A data final de entrega está em aberto Para mais informações, basta chamar o carnavalesco Lucas Carneiro pelo whatsapp: (11) 95746-0162. Confira a justificativa e sinopse da agremiação: Justificativa O Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Serpente de Ouro apresenta para o carnaval virtual 2022 o enredo “O Puro Voodoo: De Benin a Nova Orleans, Haiti e a revolução negra”, trazendo o culto ao vodu como resistência do povo negro, que carregou em si: ancestralidade, preconceito e expressão religiosa. Que os cultos promovidos em Santo Domingo ganhem luzes de tolerância, e sejam símbolo de novos rumos de paz, sem temor. Sinopse Acorde, povo de Benin, e venha ouvir Vem ouvir a história que carreguei da cabeça até aqui Relatos que o navio tentou contravir Povo de Daomé, escute agora As narrativas que navegaram mundo à fora. Antes de tudo, Zangbeto a noite observava De um longo breu , fez-se luz, e lá surgiu vida Bon Dieu dessa imensidão fez com que em duas luzes fossem trazidas E a Terra, iriam preservar As primeiras formas em Serpente reluziam E esses seres, o mundo conduziam Partindo das serpentes, o criador resolveu a vida ampliar E duas origens para a vida equilibrar Pewto e Rada, da terra fariam moradia Uma sobre noite, a outra sobre o dia De bravos ou de calmos Os rumos da história, despontava-nos Damballah e Wayda surgiram junto ao céu Para mostrar que a vida ali se deu início Os loas seriam seu guia essencial E ao final, um grande arco-íris surgiu descendo o branco véu Assim, as avós de nossas avós as contaram Que o destino havia se iniciado Mas o que os ancestrais não tinham esperado Um longo destino de dor, a eles planejaram A diáspora dói, machuca e...

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O Vale do Omo será homenageado pela República das Ungidas no Carnaval Virtual 2022
mar09

O Vale do Omo será homenageado pela República das Ungidas no Carnaval Virtual 2022

A República das Ungidas anunciou que seu enredo na disputa pelo título de campeã do Grupo de Acesso 2 será Omo: o despertar da humanidade, de autoria do carnavalesco e presidente, Eduardo Tannús. A escola abordará em seu enredo a região ao sul da Etiópia, em que vive uma comunidade tradicional, usando de seu espaço para defender a sua existência. Confira a sinopse da escola: E fez-se a vida! um “grande chifre” chegou para ficar e formar um Grande Vale em pleno semideserto, fazendo a água brotar rumo ao Lago. E lá no Lago? A vida aumentava e evoluía. Primatas chegavam para virarem hominídeos, que viraram humanes e, com isso, as primeiras ocupações. O pioneiro foi do povo Kwegu em sua facilidade como povo caçador-coletor. Desceram o vale até descobrirem pelos deuses onde poderiam ter o suficiente para comer pelos milênios seguintes: o alimento que morava no rio. De caçadores e coletores, descobriram como pescar, até tornarem-se o “povo do rio” pelos vizinhos que vieram posteriormente. Bravos pioneiros fluviais! O povo Daasanach veio um pouco depois para ensinar o manejo da terra, o pastoreio e, sobretudo, uma arquitetura sempre inovativa Chegando, por fim, à inteligência pioneira dos Turkanas, que, unindo-se aos Jie, Karamojong , Toposa, Nyangatom e Teso, formaram a Confederação Akere, um país próprio de vários povos diferentes. Nessa região árida onde só o gado sobrevive bem, os Bodi provam as possibilidades de fartura, mesmo em tempos de escassez Passaram também todo o poder do povo Karo, que preferiu manter as tradições de seu povo e isolar-se nos barrancos altos e meandros Os Hamar, das escarificações, lideram os povos das altas terras a manejar equilibradamente os alimentos em terras férteis Os poderosos Mursi, trazem o pleno pastoreio adaptado à uma vida totalmente florestal Os Suris mostram as cores finais. Dando ao mundo toda a expressão de sua arte, simbiótica e totalmente inocente, intocável, irretocável. O Reino da Etiópia sempre foi tolerante com seus povos diversos. Seus líderes seguiram o exemplo Akere e acharam prudente respeitar centenas de milhares de pessoas, se organizando tão bem em uma área tão inóspita. Porém, os monstros, as pestes e as drogas aparecem pelo entorno. Uganda e Sudão caem perante o Imperialismo Britânico, ao passo que a Somália passou a ser uma fábrica de horrores fascistas, a Etiópia, imprensada nesse mar de sangue e horror, resistiu bravamente, caiu mas expulsou os fascistas junto com seu povo, mesmo que na pobreza e nos embargos. Contudo, a Etiópia cedeu. Depois de anos tentando sempre dividir o pouco alimento que possuía, mas mergulhada na miséria, resolve adotar o estilo de vida ocidental neoliberal utilizando-se de “investimentos” estrangeiros....

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