Conheça o enredo do ESV Nobreza da Baixada para o Carnaval 2018
mar11

Conheça o enredo do ESV Nobreza da Baixada para o Carnaval 2018

NOBREZA DA BAIXADA DOS MITOS, LENDAS E CRENDICES: FLORIPA, A ILHA DA MAGIA Refazemos o feitiço, recriamos o encanto Num piscar de olhos reencarnamos Reencarnamos o mestre das letras Letras bailam e anunciam a ressurreição do grande escritor Franklin Joaquim Cascaes Saído do paraíso dos contos, do céu dos escritores Cascaes informa, anuncia: Na Baixada tem Nobreza, Na Nobreza tem Grande Rio   A Baixada grita, a Nobreza clama “Y-Jurerê Mirim “ vem ai! A encantadora ilha das Bruxas eu “quase” vi Uma comunidade toda em prantos eu presenciei, mas é história passada Uma nova história há de nascer, uma nova história há de ser recontada Renascido do fogo fui apresentado, mas não como esperado De ritual bruxólico citei, na avenida do povo morei Chegou a hora, vou reapresentar Dos mitos, lendas e crendices – Floripa, a Ilha da Magia   Num passe de mágica, o céu clareia Feitiços rolam e eis que surgem as primeiras vassouras mágicas Vassouras essas que nos conduzirão à Ilha de Santa Catarina   INICIO   Chegamos enfim a Florianópolis e somos surpreendidos Um mar branco com detalhes vermelhos, sim vermelho Mar de felicidade, um rio de festividade vai passar O Sagrado e o profano bailam com cadência, num perfeito ritmo Esse mar tingido de branco embala a cidade Folguedos e barraquinhas dão o tom da felicidade Felicidade anualmente festejada desde 1994 Mas a tradição vem de muito tempo Séculos atrás: mais exatamente no século XVIII Passo a Passo eu vou Como uma multidão, feito uma procissão Sou feito de símbolos e rituais Momentos marcantes a ti e a mim Sou da lavação da imagem Vou da transladação E, por fim, chego à Procissão Procissão de Senhor Jesus dos Passos Ritual que se repete há 252 anos Fé que irradia, e sempre será assim! Tradição vivíssima Tradição com raízes profundas nessas terras A lá Portuguesa Que seguiam sim Linda e brilhante era ela, a estrela Sentido a Belém Em versos cantados foram adentrando Adentrando e anunciando a chegada dos Reis, assim sendo O Terno de Reis   “O que fazer agora? ” Era a pergunta “Desistir! ” Foi ouvido Queimada em dor e sofrimento Alas e Alegorias voando em cinzas Cinzas que se apagaram lentamente Lentamente a dor maior sumiu Evaporou, Desapareceu! Um dia eu choro Outro dia eu comemoro 30 primaveras a completar 30 motivos para festejar Uma grande homenagem está prestes a iniciar Não tem fogo e nem chuva Que tire a vontade de dar a volta por cima É uma volta por cima sim! A Nobreza da Baixada convida você A “reassistir” a homenagem Para a mais importante ilha do sul...

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Conheça o enredo do GRESV Rosa Vermelha para o Carnaval 2018
mar11

Conheça o enredo do GRESV Rosa Vermelha para o Carnaval 2018

ROSA VERMELHA ILÙBATÁ – SAMBA, RAIZ E RESISTÊNCIA ADUBAIYNI. As nuvens agigantavam-se no céu, os raios faiscavam por toda parte e os trovões estremeciam a todos os vivos ou mortos, o poderoso rei – a própria figura divina entre os mortais – bradava em seu palácio. O pilar teocrático do reino estava possesso de fúria e dor. Sua filha, a mais adorada, valente e guerreira fora vítima fatal das artimanhas daquelas que nunca se pode dizer o nome. Tomado por tamanho sentimento dilacerante o rei consulta ao seu babalaô por uma maneira de novamente ver sua amada filha, nem que seja uma única e última vez e instruído pelo velho sábio o rei cumpre todos os preceitos necessários às forças da vida, da morte e da morada dos ancestrais. Porém faltava o principal ensinamento – que foi passado apenas ao rei – fundamento misterioso para o despertar da força dos tambores. O tambor deixou de ser objeto e passa a ter vida, passa abrigar dentro de sua pele e madeira a energia que desperta o ancestral vivo dentro de cada ser e na natureza ou recluso nas mais infindáveis camadas da espiritualidade. Diante dos olhos do decano Alafim o encanto se manifesta, a força espiritual se faz presente e enchendo de alegria o coração do sôfrego pai a natureza se manifesta sob a forma de Adubaiyni, sua amada filha.   ALUJÁ. Xangô estava tão fascinado que ordena a instauração do culto aos ancestrais, tomou para si os segredos e mistérios do culto aos mortos e em vingança às velhas feiticeiras institui o culto apenas aos homens. Um culto que se torna tão proeminente e tão forte quanto aos cultos particulares de adoração às forças naturais tornando a religiosidade alastrada e cada vez mais plural com a adoração mista entre os encarnados, a natureza e os ancestrais divinizados ou rematerializados dentro de segredos e preceitos misticos rigorosos. Tão forte no cotidiano que se enraíza nos mistérios que unem o mundo dos mortais e dos não mortais e presente no mistério infindável que une o material e o espiritual e molda as transversais espiraladas do tempo que move o mundo e as águas do grande rio de almas a desembocar na foz de uma nova história.   ADAHUN. Se por um lado a dor da escravidão aniquilava o corpo, por outro a força mater fazia emergir a resistência que se valia da fé e da irmandade. Na senzala não existia Oyó, Daomé ou Lundandu; não existia dinastia Nago, Bantu ou Efan. Haviam apenas negros escravizados que pela dor tornaram-se irmãos. O sofrimento alimentava a resistência que se manifestava não apenas na...

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Conheça o enredo do GRESV Independentes para o Carnaval 2018
mar11

Conheça o enredo do GRESV Independentes para o Carnaval 2018

INDEPENDENTES NAMINSKY – OBI ALAGBARA, OBI OMARAN “Naminsky, Obí Alagbara, Obí Omaran O resgate da memória: é preciso lembrar! O ano era 1917. O endereço: rua Visconde de Itaúna 117, Praça Onze. Região que na época era conhecida como Pequena África. Era uma daquelas festas que varavam noites. A anfitriã se chamava Hilária Batista de Almeida. As festas celebravam os orixás, mas também temas e ritmos do mundo. Hárelatos de que Hilária, Tia Ciata para os íntimos, adorava uma roda de partido alto e que se destacava na dança do miudinho, uma forma de sambar de pés juntos. Freqüentavam sua casa grandes gênios da Pequena África: Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Sinhô, Mario de Almeida e outros de igual talento. Mas sim…As mulheres tinham grande destaque nessas festanças. Elas eram chamadas de tias. E estavam por lá Tia Amélia(mãe de Donga), Tia Veridiana( mãe de Chico da baiana), Tia Prisciliana (mãe de João da Baiana)… E as tias,donas dos lugares de memória, dos lugares de afeto, começaram a contar histórias de suas ancestrais. Histórias de mulheres negras que resistiram às chagas da escravidão e que construíram zonas de fuga para a liberdade. E ao contarem e cantarem suas vidas de luta trouxeram a tona biografias escondidas pela história do homem branco! E lembraram nomes como: Aqualtune, Dandara dos Palmares, Eva Maria do Bonsucesso, Luisa Mahin, Na Angotime, Tereza de Benguela… Foi uma epifania onírica… Histórias sendo relembradas nas rodas de conversas e samba. E diz a historiografia que foi lá naquele ano de 1917 que surgiu o primeiro samba… Mas sabemos, aqui para nós, que ali foram bordadas narrativas infinitas da liberdade… Nas festas eram formados círculos e as tias contavam para as crianças as histórias das heroínas de pele negra. Tia Ciata com sua voz firme e de tom professoral lembrava das grandes guerreiras do passado: – Agora quero contar a história das grandiosas Dandara dos Palmares e Aqualtune. Foram duas bravas negras quilombolas que viveram na mesma época no quilombo dos Palmares! Dandara foi casada com Zumbi dos Palmares, lutava capoeira e jamais renunciou a liberdade. Esteve a frente de um exército de 10 mil homens. Preferiu “se matar” a voltar a ser escrava… E logo a história, na festa, viraria música: Porque tinha bem certeira Uma baita opinião: Liberdade para poucos Não conforta o coração O quilombo que existia Para todos lutaria Sem abrir uma exceção Tia Ciata falaria da guerreira negra, grávida e escravizada Aqualtune. As crianças adoraram a sonoridade singular de seu nome… A grávida Aqualtune daria luz, já livre nos Palmares, a Ganga Zumba, importante nos vários mocambos do quilombo...

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Conheça o enredo do GRESV Império do Samba para o Carnaval 2018
mar11

Conheça o enredo do GRESV Império do Samba para o Carnaval 2018

IMPÉRIO DO SAMBA ANANAS COMOSUS – UMA REALEZA TROPICAL Mesmo antes do descobrimento, as terras mesoamericanas eram habitadas por diversas civilizações, dentre elas a civilização que mais evoluiu a forma de contar o tempo, a civilização Maia. O povo Maia possuía uma religião politeísta, eles acreditavam em diversos deuses ligados à natureza. Dentre esses estava Ixchel, que seria a deusa mãe dos Maias. Ixchel era esposa de Itzamná, o senhor dos céus, do dia e da noite. Conhecida como deusa da Lua, também era atribuído à ela a fertilidade, saúde, magia, cura e água, sendo considerada a senhora da terra. A civilização realizava oferendas em devoção e agradecimento à essa deusa. O povo agradecia o período de abundância e riqueza que tinha se finalizado e pedia para que o novo ciclo fosse de chuvas em suas plantações e que todos tivessem prosperidade. Os Maias acreditavam que Ixchel garantiria a saúde, o alimento e a propagação de seu povo. As oferendas eram feitas em um grande balaio com um abacaxi no centro, ao redor dele frutas e adornos eram dispostos e levados até o templo de adoração à Ixchel. Quando Cristóvão Colombo, ao errar a rota até à Índia, chegou à América, a beleza natural da terra então desconhecida chamou sua atenção. Uma terra com plantas exuberantes e vida animal rica, árvores gigantes nas montanhas formavam o contorno que era um verdadeiro deleite aos olhos. O explorador italiano fora recebido pelos nativos que, em forma de boas-vindas, lhe ofereceram um fruto visualmente estranho aos costumes europeus, sendo rejeitado por sua aparência. Colombo passou a observar o fruto e, aos poucos, foi se rendendo. Ele percebeu que o fruto era muito semelhante ao do pinheiro europeu e acabou provando a iguaria. O explorador se encantou com o sabor adocicado e ao mesmo tempo ácido que dominava o seu paladar. Como prova da riqueza e de todo exotismo do local que Colombo descobriu, o fruto foi levado até terras europeias. Chegando ao outro lado o mundo, o fruto se espalhou por alguns lugares do planeta. Por semelhanças ao clima, foi plantado em pontos da África, ganhou a China e chegou ao grande mercado da Índia. Na Europa caiu no gosto dos reis e rainhas. O fruto passou a ser servido nos banquetes como símbolo de riqueza e hospitalidade aos convidados da realeza. Por conta do formato de suas folhas compridas e espinhentas foi assemelhado à uma coroa e, na Inglaterra, ganhou o título de rainha das frutas. O transporte até o continente europeu rendeu ao abacaxi o símbolo de tudo que se entendia por tropical e exótico. Suas cores, formato e sabor...

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Conheça o enredo do GRESV Império de Niterói para o Carnaval 2018
mar11

Conheça o enredo do GRESV Império de Niterói para o Carnaval 2018

IMPÉRIO DE NITERÓI A PEDRA DO REINO   FOLHETO I Eu, Dom Pedro Dinis Ferreira-Quaderna, sou o mesmo Dom Pedro IV, cognominado ‘O Decifrador’, Rei do Quinto Império e do Quinto Naipe, Profeta da Igreja Católico-Sertaneja e pretendente ao trono do Império do Brasil como herança de meu bisavô, irei contar a minha história de amor e culpa; de sangue e justiça; de fantasias e realidades; de sensualidade e violência; de enigma; de morte; de lutas pelo meu Império Sertanejo. Minha história que foi o resultado de tudo o que passei e que resultou com meus costados aqui, nesta cadeia velha. Daqui de cima por esta janela gradeada que prende a minha espontânea liberdade, com a vista tremenda do sol, irei iniciar a minha história antes do meu surgimento. Era 1836, a seita do Rei Dom Sebastião surgiu na minha terra pedregosa vinda de Portugal, onde o povo se entregou a morte e seu sangue derramado por décadas na Pedra do Reino e nos arredores do meu Nordeste, que teve meu bisavô, João Ferreira-Quaderna, o Rei Sertanejo, real líder sebastianista que se proclamou legítimo Rei do Brasil e causador dos sacrifícios sanguinários. A mesma morte, a Onça Caetana, a impiedosa, a maldita e melancólica que ceifou a vida de meu Padrinho, Dom Pedro Sebastião Garcia-Barretto, no dia 24 de agosto de 1930 no seu aposento na torre da sua fazenda. Meu padrinho se trancou naquele aposento quando a morte fria o degolou e levou a sua alma. Um corte tão profundo que não há explicação para tanta crueldade e não há resposta para que no mesmo dia da morte de meu Padrinho, seu filho caçula Sinésio sumisse como o fogo apagado por um vento forte e frio anunciando uma tempestade no meu sertão. FOLHETO II O tempo muda e eu só queria embaralhar os reis, os piões e as damas no meu jogo de cartas literário, numa epopéia de sonhos sangrentos e poéticos, mas o Rei Sertanejo de trevos e espadas enviava algum anjo ou demônio que soprava no meu ouvido que minha herança e meu destino de ser Rei do Brasil eram reais. O sopro profano ou sagrado me deu uma ideia de criar a igreja Católico-Sertaneja, que permitia que matassem os inimigos e termine o dia num castelo tomando vinho e comendo belas mulheres! Mas claro! Expulsaram-me do seminário da Paraíba por ser excêntrico demais… Entre minhas estranhas visões e sopros, a Moça Caetana, mensageira da Morte vinha me amedrontar e causar peso na minha consciência. Com sua dança híbrida e selvagem, fazia-me culpado por entregar-me as curvas de Maria Safira, uma mulher comprometida com Pedro Beato,...

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