Por Band’Além Das Águas Escondidas é o enredo da Império de Niterói

Confira a sinopse da escola:

Abertura: As terras indígenas de Guanabara
A Baía paradisíaca, que mais tarde se tornaria a famosa Guanabara, era povoada por índios da tribo Temiminó ou Maracá. Os Temiminó eram um povo que dançava sua alegria por entre suas tabas, cultivavam sua sobrevivência, alimentando-se de mandioca, abóbora, feijão. Fabricavam sua própria cerâmica, seus artefatos e armas. Com a chegada dos portugueses, muitos foram escravizados para ajudarem a abrir estradas para Minas Gerais, construir canoas, feitorias, engenhos e fortalezas para a expansão da Coroa por essas terras.

Setor 2: A França Antártica e a batalha de Araribóia
Nicolau Durand Villegaignon, navegador da corte francesa, visando ao controle do comércio com as Índias, dominou toda a Baía de Guanabara, instituindo a França Antártica (1555 a 1567). O governo português então reagiu na tentativa de colocar um fim à invasão francesa ao Brasil, porém não teve êxito em nenhuma tentativa. Nesse período os Tamoios, aliados dos franceses, permitiram a invasão francesa e criada a Confederação dos Tamoios para guerrear contra os portugueses.
O grande Arariboia, conhecido como “cobra tempestade”, então retorna do Espirito Santo e se depara com sua tribo catequizada pelos franceses. Calado, quieto, ouvindo as matas e todo seu redor – como um bom índio guerreiro do fundo da mata – recebe a visita de Estácio de Sá, sobrinho do governador do Brasil, Mém de Sá. Ele foi tentar convencer que Arariboia e sua tribo de voltarem para o Rio para ajudar os portugueses a expulsar os franceses. Em seu retorno, trouxe consigo centenas de guerreiros para se unirem aos lusitanos no combate, junto do cacique Maracajá-Guaçu. Houve muito terror durante a batalha, com tiros de canhões e muito incêndio por toda a região. Muitos chefes indígenas pereceram e os Tamoios foram dizimados pela união de portugueses e Temiminós. Querendo impor segurança na Baía de Guanabara, Estácio de Sá concedeu ao cobra-tempestade o poder de escolher qualquer uma das regiões da Guanabara para viver. O cacique Temiminó, então, mostrou o outro lado da baía e disse que queria aquela região de “águas escondidas”, o local era conhecido como “Band’Além” e foi para lá que Arariboia levou sua tribo.

Setor 3: A fundação e a expansão
Araribóia recebeu, também, do rei de Portugal, um traje do próprio uso de sua majestade, Dom Sebastião, o hábito de Cavaleiro da Ordem de Cristo e o posto de Capitão-Mor da Aldeia. Vencidas as batalhas, os Temiminós partiram para a terra de São Lourenço dos índios para viverem um novo momento. Lá, como de costume, dançaram pela noite adentro sua vitória, juntando toda a tribo para festejarem sua nova terra. E tão logo o grande cacique foi atravessar a linha do mar com o horizonte para se encantar. Sua terra se transformou na única cidade do Brasil fundada por um índio, e começou então a crescer e ganhar espaço na Província do Rio de Janeiro. São Lourenço ganhou igreja para que os habitantes pudessem agradecer e pedir bênçãos para sua terra. A cidade posteriormente foi elevada a status de “Imperial Cidade”, abrindo espaço por entre os mares de Nictheroy a partir das barcas a vapor que atracavam pelos portos. Nem mesmo a eclosão da revolta armada de Floriano Peixoto impediu a cidade, que voltaria a ser capital, de mostrar sua bravura tempestuosa, inaugurando avenidas, estradas para bondes e a ponte que conectava a cidade maravilhosa. A arquitetura ergueu-se de forma rápida e imponente, para fazer jus ao status de sede da província.

Setor 4: Niterói é nosso Império
O cacique lendário ganha, então, um largo na memória da cidade e de seu povo. De legado, deixa sua grande tribo Niterói. O niteroiense herda o gênio inquieto de seu fundador, de lutar pelo que acredita e de se orgulhar das conquistas de seu chão. Herda também a alegria de dançar suas conquistas virando noites batendo papo pelos bares e em carnaval. Grandes filhos temiminós nascem e se orgulham até hoje dessa aldeia moderna e sempre atraente, daquelas “bandas do além”, terras que em um tempo foram cidade imperial e hoje são o lar do nosso Império de Niterói.

Author: Murilo Polato

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